Neste oitavo dia de greve, quinta-feira 26/9, os bancários cearenses se reuniram em assembleia, na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará, para avaliar o movimento da categoria. Seguindo orientação do Comando Nacional dos Bancários, que esteve reunido também nesta quinta, os bancários irão intensificar a greve diante da falta de perspectiva dos bancos, e do Governo Federal, em voltar à mesa de negociação. Foi aprovado um calendário de atividades para a próxima semana, quando na terça-feira dia 1º haverá caminhada pelo corredor bancário da Aldeota.
“A perspectiva que temos é de fortalecer a mobilização e a greve no decorrer dos próximos dias, já que não há nenhum indicativo de retorno das negociações”, afirmou Marcos Saraiva, diretor do Sindicato. “A orientação é ampliar o movimento para pressionar os banqueiros e o Governo Federal”, completou. Durante a assembleia foi aprovado um calendário de atividades para a próxima semana:
- Segunda-feira, dia 30/9, na sede do Sindicato, haverá um encontro às 16h entre todos os diretores da entidade e delegados sindicais, assim como todos os bancários e militantes que queiram contribuir com o fortalecimento do movimento grevista.
- Terça-feira, dia 1º/10, passeata pela Aldeota, com concentração às 16h no cruzamento das avenidas Santos Dumont e Barão de Studart. O objetivo é caminhar em direção à Av. Desembargador Moreira, passando por todas as agências do corredor bancário.
- Quarta-feira, dia 2/10, nova assembleia às 17h, na sede do Sindicato para avaliar o movimento grevista e decidir os próximos encaminhamentos.
Avaliação por banco
Banco do Nordeste – Segundo a diretora do Sindicato e funcionária do BNB, Carmen Araújo, a greve no banco é “satisfatória”: das 35 agências do Estado, 26 estão paradas. “Gerentes também estão aderindo ao movimento”, diz. Durante a assembleia, foi informado ainda que os gerentes das agências Centro, Montese e Maracanaú irão aderir à greve a partir de amanhã, dia 27/9.
Caixa Econômica – Jefferson Tramontini, diretor do Sindicato e funcionário da Caixa, explica que, apesar da grande adesão das agências à greve, ainda é grande o número de empregados trabalhando no interior das unidades, batendo ponto e realizando atendimento seletivo. “Precisamos convencer esses colegas a saírem das unidades, pois isso é tudo que a Caixa quer”.
Banco do Brasil – De acordo com Gustavo Tabatinga, também diretor do Sindicato e funcionário do BB, a situação da greve no banco está “praticamente estabilizada” e completa: “mas é preciso fazer uma reflexão, porque ainda tem muitos colegas trabalhando internamente. São muitas agências paradas, mas muitos funcionários ainda batendo ponto”. Tabatinga denunciou ainda três ocorrências em que dirigentes sindicais foram impedidos de entrar em unidades bancárias.
Bancos privados – “A paralisação nos privados já é vitoriosa em relação ao ano passado”. Esta é a avaliação do também diretor e funcionário do Itaú, Ribamar Pacheco, que também destacou o crescimento do movimento no Interior do Estado.
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