Diante da importância dos bancos privados na mesa de negociação da Fenaban, os bancários deliberam durante assembleia realizada na quarta-feira, dia 2/10, fortalecer a greve nos bancos privados, especialmente no Bradesco, onde a mobilização é crescente, mas ainda pode ser melhorada.
“A greve é heróica nos bancos privados, apesar das constantes ameaças, inclusive de demissão. Devemos intensificar essa mobilização para mostrar nossa força”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra. “A hora é de união. Um mais um é sempre mais que dois e só assim construiremos nossa vitória”, completou o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco, Gabriel Motta.
O diretor do Sindicato e funcionário do BNB, Tomaz de Aquino, ressaltou que movimento forte é aquele que traz prejuízo aos banqueiros e convocou os grevistas a engrossarem fileiras nos piquetes, ajudando a fortalecer a greve nos bancos privados.
“Convocamos todos a praticar a solidariedade de classe nesta greve. Que os bancários de bancos públicos ajudem os companheiros de bancos privados para construirmos uma greve coesa. Banqueiro é igual feijão, só vai na pressão”, completa o aposentado do BB e diretor do Sindicato, Plauto Macedo.
Os bancários deliberaram ainda que os tesoureiros da Caixa Econômica Federal devem se abster de abastecer os caixas eletrônicos como mais uma forma de pressionar o banco a voltar a negociar com os trabalhadores.
Delegados Sindicais – Os bancários deliberam por realizar na próxima segunda-feira, 7/10, a partir das 16h, uma nova reunião entre dirigentes e delegados sindicais para avaliar o movimento grevista. O evento acontece na sede do Sindicato.
Greve solidária – Na próxima terça-feira, 8/10, a partir das 8h, na Praça do Ferreira, bancários realizam um mutirão para doação de sangue. “Doamos nosso sangue pelos bancos todos os dias do ano. Dessa vez, vamos doar nosso sangue em prol da população, que é quem mais sofre com o silêncio e a intransigência dos banqueiros”, disse Carlos Eduardo.
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