A greve dos bancários chegou nesta quarta-feira, 9/10, aos 21 dias com adesão forte em todo o Estado. Neste 21º dia foram registradas 396 agências paradas das 507 existentes. No Interior foram 203, enquanto que na Capital, contabilizamos 193. Em todo o Brasil são quase 12 mil agências fechadas demonstrando a força da categoria.
A forte mobilização dos bancários em todo o País forçou a Fenaban a marcar nova rodada de negociação para esta quinta-feira, 10/10, a partir das 10h, em São Paulo. Na sequência, ao meio-dia, haverá negociação das reivindicações específicas com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal.
“Se os bancos apostaram no cansaço da categoria, nós mostramos que a nossa categoria não foge à luta. Chegamos aos 21 dias de greve com muita disposição e nossa mobilização já rende frutos. Na sexta-feira, 4/10, quebramos o silêncio da Fenaban, que apresentou uma proposta ainda rebaixada, mas resgatando o diálogo. A proposta foi rejeitada na segunda-feira, 7/10, em todo o País e, vendo a força da nossa greve, chamaram nova negociação para esta quinta. Esperamos uma proposta digna, pois do contrário, vamos fortalecer ainda mais nosso movimento. O que resolve essa campanha é proposta decente”, informou o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, antes de viajar a São Paulo, para a negociação com os banqueiros.
Neste 21º dia os empregados da Caixa Econômica em greve intensificaram a paralisação no prédio da Superintendência do banco em Fortaleza, na av. Santos Dumont. Com paródias e muito bom humor, os bancários driblaram o sol forte e conseguiram novas adesões ao movimento, paralisando os trabalhos em todo o prédio, até mesmo o autoatendimento.
Uma das mais animadas no piquete era a diretora do Sindicato, Elvira Madeira, que cantava com muita disposição as paródias do colega Nelson Faria, também empregado da Caixa, convocando todos a aderirem ao movimento. “Bancário que é bancário, que luta por melhores salários, por mais bancários para atender dignamente à população, por melhores condições de trabalho, tem de ser assim: aqui a gente literalmente canta, dança e representa, com um único objetivo: cobrar da Caixa uma proposta digna e mostrar o nosso valor e que nós merecemos respeito. Nós lutamos pelo que é justo e pelos nossos direitos”.
O diretor do Sindicato e presidente da Apcef/CE, Áureo Júnior, ressaltou que a greve beneficia a todos. “Nós estamos nessa luta buscando melhorias para todos, empregados e população, com mais empregos, melhores condições de trabalho, mais saúde, mais segurança. Dessa forma, todos saem ganhando, melhora a nossa vida no banco e o atendimento à sociedade”.
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