Depois de muita pressão da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, os bancos aceitaram a maioria das reivindicações apresentadas na primeira reunião do Grupo de Trabalho do Projeto-piloto de Segurança Bancária. Na segunda reunião, realizada no dia 16, em Recife, os bancos atenderam demandas importantes que ampliam a participação dos bancários.
Reuniões com gestores das agências - Entre as reivindicações atendidas pela Febraban está a realização de reuniões ampliadas do grupo com a participação de representantes das 209 agências de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes que integram o projeto-piloto.
Segundo o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, a ideia é realizar, já em janeiro, reunião com gestores de todas as agências para explicar os objetivos e como está a implantação do projeto-piloto, buscando sensibilizá-los para garantir o envolvimento de todos.
Reunião com SDS - Os bancos também aceitaram a reivindicação dos bancários de realizar uma reunião específica com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, Comando da Polícia Militar de Pernambuco e o delegado-geral da Polícia Civil para discutir o acompanhamento semanal em conjunto das ocorrências nas agências de Recife, Olinda e Jaboatão, incluindo as "saidinhas de banco".
Reunião com todos os integrantes do projeto-piloto - Além da reunião com a SDS, os bancos aceitaram, ainda, outra proposta das entidades sindicais, que prevê a realização, também em janeiro, de uma reunião com os demais signatários do projeto-piloto: o Ministério Público, as prefeituras das três cidades e o governo de Pernambuco.
Calendário de reuniões para 2014 - Por fim, a Febraban apresentou uma proposta de calendário de reuniões para o primeiro semestre do ano que vem, com encontros periódicos do grupo de acompanhamento do projeto-piloto, em Recife, e da Mesa Temática de Segurança Bancária, em São Paulo, para a apresentação das estatísticas semestrais de ataques a bancos e a avaliação do andamento do projeto-piloto.
Sem avanços - Das reivindicações apresentadas pelos bancários na primeira reunião, os bancos continuaram negando três importantes demandas. A primeira delas é o acesso aos boletins de ocorrência registrados em Recife, Olinda e Jaboatão sobre os ataques a bancos. O segundo item é a participação da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e do Sindicato dos Vigilantes de Pernambuco no grupo de trabalho do projeto-piloto. E o terceiro é a isenção de tarifas de transferência (DOC, TED) como forma de desestimular os saques em dinheiro e combater o crime da "saidinha de banco".
"Vamos continuar insistindo nessas três reivindicações. Sobre os boletins de ocorrência, vamos buscar o acesso por outros meios, seja pela polícia ou pela SDS. Ao negar essa demanda, a Febraban deixa o processo menos transparente, o que é lamentável. Também fazemos questão da participação dos vigilantes, já que são eles que operam as portas de segurança, as armas e os coletes a prova de balas previstos no projeto-piloto", ressalta Ademir.
"Quanto à isenção de tarifas de transferência, a nossa proposta vai ao encontro do que diz a Febraban sobre a importância de desestimular o saque nos caixas eletrônicos e nas próprias agências. Quer melhor estímulo do que a isenção de tarifas para transferência?", desafia o diretor da Contraf-CUT.
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