Na mesa de negociações permanentes com a Caixa Econômica Federal, realizada no dia 28/5, em Brasília (DF), a Contraf-CUT, com assessoria da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa),voltou a cobrar medidas urgentes e consistentes para melhorar as condições de trabalho nas unidades de todo o País. Também foram discutidos itens como contratação de mais empregados, estágio probatório e Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho.
Um dos itens tratados foi o relativo ao pagamento de horas extras em agências com até 15 empregados, conforme previsto no aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2013/2014. A reivindicação é para que a Caixa não estabeleça dotação orçamentária para essa questão, de modo a não permitir que gestores venham a impedir os trabalhadores de fazerem a opção: ou receber pelas horas trabalhadas a mais ou compensar.
Como solução para o problema, e atendendo a uma reivindicação da Contraf/CUT – CEE/Caixa, o banco ficou de divulgar uma nova orientação, dessa vez para ressaltar a cada gestor a questão do respeito aos direitos dos trabalhadores. O entendimento é de que a obrigatoriedade da compensação precisa ser descartada, como forma de evitar que as horas extras sejam utilizadas para agravar a deterioração das condições de trabalho.
Os representantes dos empregados cobraram ainda da Caixa transparência na adoção do programa de gestão de desempenho de pessoas, divulgado em 8/5. Foi criticada, por exemplo, a falta de acesso direto às informações sobre esse programa, com questionamentos a respeito do aumento da competitividade entre colegas e da possibilidade de elevação dos casos de adoecimento de empregados.
Outros pontos
Outro destaque da mesa de negociação permanente foi a contratação de mais empregados. O aumento da sobrecarga de trabalho é provocado ainda, segundo as entidades representativas, pelo fato de que a expansão da rede de agências não ocorre na mesma proporção do aumento das demandas, ficando nas costas dos trabalhadores a carga mais pesada da responsabilidade pelos resultados.
Estágio probatório
A Contraf/CUT – CEE/Caixa denunciou os casos de empregados que são desligados por gestores, devido ao não cumprimento da meta de venda de produtos. Isso tem ocorrido nas diversas regiões do País e, em algumas situações, a intervenção das Gipes resolve, mas em outras não. Como não há tratamento adequado para os procedimentos previstos na RH 002, os representantes dos empregados solicitaram um posicionamento da Caixa em relação ao estágio probatório, para que a metodologia utilizada seja de inclusão e não de exclusão do empregado, como já acontece na maioria das vezes.
“A falta de informação sobre procedimentos relativos a condições de trabalho deixa os empregados inseguros. É fundamental que as entidades sindicais acompanhem essa questão no cotidiano das unidades, denunciando os casos de descumprimento do acordo coletivo. Isso fará com que a Caixa cumpra o que foi negociado” segundo Marcos Saraiva, diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará e empregado da Caixa.
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