A UNI Américas Finanças, braço do sindicato global que representa três milhões de trabalhadores em bancos e seguros de todo mundo, lança hoje, sexta-feira (27) uma campanha internacional contra as demissões do Santander no Brasil. Uma nova edição do jornal Rede Global Bancária está sendo distribuída pelos sindicatos aos funcionários do banco espanhol, durante manifestações em todo o Brasil, fortalecendo a mobilização dos bancários brasileiros em defesa do emprego. Haverá também atividades em outros países.
Além de manifestações e protestos, a campanha também está nas redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram), onde estão sendo usadas duas hashtags: #SantanderBastadeDemissões e #SantanderBastadeDespidosEnBrasil. A primeira destaca as atividades no Brasil e a segundo, no mundo. A Rede Sindical do Santander decidiu também reforçar a luta pelo emprego e pela melhoria das condições de trabalho nas Américas.
Demissões injustificáveis
Apesar do lucro de R$ 1,428 bilhão no primeiro trimestre de 2014, o banco espanhol cortou 4.833 empregos entre março de 2013 e março de 2014, sendo 970 nos primeiros três meses do ano, o que é injustificável.
"Enquanto paga bônus milionários para um punhado de altos executivos, os bancários e as bancárias que permanecem no emprego estão sobrecarregados, submetidos a metas abusivas e ao assédio moral, trabalhando no limite, estressados e adoecidos, e recebem um dos menores salários da categoria, o que revela falta de respeito e valorização para quem mais contribui para produzir os lucros estrondosos do banco", afirma a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Deise Recoaro.
Cadê a reunião, Zabalza?
O presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, ainda não marcou uma reunião com as entidades sindicais, após duas cartas encaminhadas em maio. Em resposta enviada no dia 6 de junho, ele disse que "em função de compromissos já assumidos, inclusive fora do País e que me impossibilitam de recebê-los com a urgência requerida, solicitarei à Vice-Presidência Executiva Sênior que viabilize uma agenda futura para que a reunião ocorra oportunamente".
Passados mais de 20 dias, Zabalza permanece em silêncio, mas se encontra no País, tendo inaugurado na segunda-feira (23) o novo data-center do Santander em Campinas (SP). Nova carta para ele foi remetida nesta semana.
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