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  16/05/2011
Edição Nº 1189 de 16 a 21 de maio de 2011
ARTIGO

O salário não é vilão

A Central Única dos Trabalhadores, e eu pessoalmente, estamos orientando nossos sindicatos filiados a organizarem as mais ousadas mobilizações e as mais arrojadas e exigentes pautas de reivindicações dos últimos tempos durante as campanhas salariais que vão ocorrer no segundo semestre. É tempo de ousadia, especialmente para mostrar nossa contrariedade com a ideia de que aumentos reais de salário podem representar uma ameaça ao controle da inflação no Brasil.

Ora de maneira sutil, ora escancarada, análises inspiradas a partir do mercado financeiro, repercutidas pela imprensa, sugerem que a conjuntura desaconselha aumentos salariais acima da inflação, pois poderiam pressionar as taxas. Em primeiro lugar, para nos contrapor a esse ataque concentrado aos salários, queremos dizer que é um absurdo tentar esconder que há outros fatores que pressionam de fato inflação, mas que jamais são citados por essas análises conservadoras.

Lucro causa inflação. Distribuição de dividendos também pressiona a inflação. O fato de a estrutura tributária ser regressiva, punindo quem ganha menos, também causa inflação, pois os impostos incidem majoritariamente sobre o consumo e são repassados diretamente aos preços.

A existência de setores oligopolizados, especialmente na indústria, faz com que a ausência de concorrência facilite o repasse para os preços de qualquer aumento nos custos. Os oligopólios também têm mais facilidade para aumentar margem de lucros. Devemos lembrar também das tarifas públicas, muitas regidas por contratos indexados, que ajudam a ampliar os custos da produção e a pressionar a inflação. Querer tratar da questão inflacionária, e principalmente combatê-la, sem considerar essas variáveis é falso e mal-intencionado.

No período de quase 20 anos entre 1989 e 2008, a produtividade da indústria aumentou 84%, enquanto no mesmo espaço de tempo a renda média dos salários caiu 37 pontos. Se a teoria clássica associa inflação a aumentos salariais acima da produtividade, podemos então descartar o risco.

Por fim, quero repetir que não estamos diante de um cenário de inflação de demanda, no qual as pessoas querem comprar algo que está em falta no mercado. Segundo o Sistema de Contas Nacionais do IBGE, o consumo das famílias, em relação ao PIB, caiu entre 2009 e 2010, de 61,7% para 60,6%. Esse dado sinaliza que o consumo das famílias tem permanecido estável em relação ao crescimento da economia.

Há alguns fatores que pressionaram a inflação nos últimos meses. Sazonais alguns, fruto das tarifas públicas indexadas, outros. Sem esquecer da ação dos oligopólios. Mas querer apontar os salários como vilões da inflação é uma falácia. A CUT e seus sindicatos não vão cair nessa.
Artur Henrique – presidente da CUT nacional
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