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  02/08/2011
Edição Nº 1199 de 1º a 6 de agosto de 2011
ARTIGO

Pela verdadeira universalização dos serviços bancários

Nos últimos oito anos, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam socialmente para as classes A, B e C, ampliando o mercado de consumo em quase uma Espanha, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas.

Esse crescimento econômico extraordinário já coloca o Brasil como a 7ª economia mundial, a caminho de conquistar o 5º lugar talvez ainda nesta década. No entanto, a despeito dessa inédita inclusão social na nossa história, o País ainda pontua no vergonhoso ranking das dez economias mais desiguais do planeta.

O Brasil caminha na direção certa, mas precisa acelerar o processo de desenvolvimento, o que inclui manter o ritmo de crescimento econômico alto e sustentável, desconcentração da riqueza, geração de mais e melhores empregos, fim da miséria, crescente inclusão e universalização de direitos e de cidadania.

Um desses direitos é o de ter acesso ao crédito e a dispor de conta em banco, sem discriminação de qualquer espécie – o que não está sendo assegurado aos brasileiros. Dados do Banco Central revelam que, dos 5.587 municípios brasileiros, 1.973 (35,3%) não possuem sequer uma agência ou posto de atendimento bancário, e que 49% da população brasileira não possui nenhum tipo de atendimento em instituições financeiras. No Nordeste, apenas 36% têm conta em banco.

Embora sejam concessões públicas, os bancos não estão cumprindo seu papel. Em vez de ampliar o número de agências, para melhorar o atendimento à população em boas condições de segurança, estão empurrando sua responsabilidade para terceiros, com a abertura indiscriminada de correspondentes bancários (supermercados, lojas, lotéricas, drogarias etc.). Em dezembro de 2010, já havia 165.228 correspondentes no País, contra 19.813 agências bancárias.

Ao contrário da propaganda do sistema financeiro de que está aumentando a bancarização com a abertura indiscriminada de correspondentes, o que de fato está acontecendo é a elitização dos serviços e a expulsão das agências das camadas mais pobres da população – além de ser uma estratégia para reduzir custos.

Para justificar a edição das resoluções 3.954 e 3.959 de fevereiro e março deste ano, respectivamente, que ampliam a liberdade de os bancos abrirem correspondentes bancários, o Banco Central argumentou que elas visam a inclusão social. Não é verdade. A metade dos correspondentes está concentrada no Sudeste, sendo que 25% somente no Estado de São Paulo, a região mais bancarizada do País. O BC está atendendo os interesses dos bancos e não os da sociedade.

Mais: esses correspondentes frequentemente funcionam ao lado ou em frente às agências. É para lá que os bancos estão empurrando a clientela de baixa renda, reservando as agências tradicionais para os correntistas mais abastados e criando os pontos de atendimento mais exclusivos para a elite da elite. E se nas agências bancárias a violência já é grande, com três mortes em média por mês, nos correspondentes bancários a falta de segurança é ainda maior.

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que os correspondentes representam para as instituições financeiras 25% da folha salarial dos bancários. É mais uma forma de os bancos aumentarem os lucros reduzindo custos e precarizando as relações de trabalho.

Isso não é inclusão. É uma segmentação que aumenta a exclusão social. Bancarizar é incluir quem está à margem do sistema, garantindo que tenham conta em banco e, assim, levar crédito à sociedade, promovendo desenvolvimento econômico e social, que deveria ser o verdadeiro papel dos bancos.

Carlos Cordeiro – Presidente da Contraf-CUT
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