O vice-presidente de Gestão de Pessoas da Caixa, Marcos Fernando Jacinto, afirmou que o banco público não fará contratações em 2016. A declaração foi dada a dirigentes sindicais que se reuniram com o gestor para entregar ofício cobrando mais diálogo e melhores condições de trabalho.
“A falta de diálogo tem se tornado uma marca da diretoria da Caixa. (...) O desrespeito ao trabalhador também fica evidente na cobrança abusiva de metas, que têm se intensificado neste ano, com ameaças claras de retirada de função, principalmente daqueles que têm função de caixa”, dizem os representantes dos trabalhadores em documento.
O documento também aborda as indefinições causadas pela instabilidade política originada pelo processo de impeachment que tirou Dilma Rousseff da presidência da República e ascendeu Michel Temer no seu lugar.
Embora a direção tenha garantido à Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) que não havia cronograma ou definições para novas etapas da reestruturação, em maio, os fatos têm desmentido essa afirmação, o que está causando grande apreensão e expectativa nos trabalhadores. Há rumores de fechamento de unidades, transferências, perda de funções etc.
Os representantes dos empregados lembram que somente em 2015 houve três planos de aposentadoria responsáveis pela saída de mais de mil bancários. “O banco tem de repor esses trabalhadores, mas ao invés disso, ouvimos a negativa do banco quanto a contratações. Isso é muito ruim para todos, porque prejudica o atendimento à sociedade e sobrecarrega os empregados”, afirma Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e representante da Fetrafi/NE na CEE-Caixa.
Para se ter uma ideia do aumento da sobrecarga de trabalho nos últimos meses, em março de 2015 a Caixa tinha 799 clientes por empregado. Essa relação subiu para 860 após 12 meses. Variação de 7,7%.
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