Em protesto contra a retirada de direitos, bem como pela manutenção do banco 100% público e pela retomada das contratações, os empregados da Caixa Econômica Federal fizeram manifestação com retardamento da abertura da agência da Praça do Ferreira em uma hora, na quarta-feira (3/8), em Fortaleza.
Em todo o País, nas agências da Caixa Econômica Federal o clima é de apreensão devido a mudanças, principalmente em relação à extinção da função de caixa, a ameaça à insalubridade dos avaliadores de penhor e a criação de normativos que retiram direitos adquiridos, entre outras. Os empregados mostram-se resistentes à essa retirada de direitos, exigem mais contratações e defendem o caráter 100% público da instituição federal.
“O governo interino quer tirar o patrimônio do povo brasileiro, quer acabar com a Caixa, com a CLT e outras empresas públicas. Estamos vendo um ataque à Caixa, que além de querer tirar seu papel de atender a população pobre, quer entregar seus recursos aos mais ricos. Nós vemos claramente, que as propostas do PSDB, PMDB, do Temer, do Tasso que estão no governo, é de tirar tudo dos pobres e colocar no bolso dos ricos”, denunciou Carlos Eduardo Bezerra, presidente do SEEB/CE.
“Vamos defender o emprego e os direitos dos usuários da Caixa. Repudiamos a retirada de direitos e a precarização do atendimento à população, propostas do governo querendo esvaziar a empresa. A Caixa é o segundo banco em ativos no Brasil e nada justifica sua venda, pois o governo interino alega que a Caixa está quebrada. Foi graças a Caixa que a economia voltou as crescer após a crise mundial, com contratação de mais empregados, baixou os juros e liberou crédito para produção”, enfatizou Túlio Menezes, diretor do Sindicato e empregado da Caixa.
“Se é pública é para todos. Se é pública é para a sociedade. Não abriremos mão dos direitos dos trabalhadores e da população, diante dessa política nefasta de privatização que ameaça as empresas públicas. A Caixa pertence ao povo brasileiro e está a serviço da sociedade. Por isso, lançamos a campanha Se é Público é Para Todos, contra o ataque frontal ao setor público, inclusive à Caixa, pelo atual governo interino”
Marcos Saraiva, diretor do Sindicato e membro da CEE/Caixa
|