Além de não garantir aumento real, a proposta apresentada pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários, reduz os salários em 2,80%, não garante empregos, não avança na saúde, nem das demandas de segurança e de igualdade de oportunidades. A última negociação aconteceu dia 30/9, em São Paulo. Diante do posicionamento dos banqueiros, o Comando Nacional orienta a rejeição da proposta e deflagração de greve a partir do dia 6 de setembro.
O Comando Nacional dos Bancários orienta a realização de assembleias nos dias 1 e 2 de setembro, a rejeição da proposta e deflagração de greve a partir de 6 de setembro, caso os bancos não apresentem uma nova proposta que atenda às reivindicações da categoria.
Em Fortaleza/CE, a assembleia dos bancários será no dia 1º de setembro, às 18h30 em primeira convocação ou às 19h em segunda convocação, na sede do Sindicato dos Bancários do Ceará (Rua 24 de Maio, 1289 - Centro), com indicativo de greve a partir do dia 6 de setembro, com assembleia organizativa no dia 5.
Proposta dos bancos
Reajuste de 6,5% (representa perda de 2,8% para os bancários em relação à inflação de 9,57%).
Abono de R$ 3.000,00 (parcela única, não incorporado aos salários)
Piso portaria após 90 dias - R$ 1.467,17.
Piso escritório após 90 dias - R$ 2.104,55
Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.842,96 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.153,21, limitado a R$ 11.550,90. Se o total ficar abaixo de 5%
do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25. 411,97
PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.306,41.
Antecipação da PLR - Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva.
Pagamento final até 02/03/2017. Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.291,92, limitado a R$ 6.930,54 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.153,21.
Auxílio-refeição - R$ 31,57.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 523,48.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 420,36.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 359,61.
Vale-Cultura R$ 50 (mantido até 31/12/2016, quando expira o benefício)
Gratificação de compensador de cheques - R$ 163,35.
Requalificação profissional - R$ 1.437,43.
Auxílio-funeral - R$ 964,50.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 143.825,29
Ajuda deslocamento noturno - R$ 100,67.
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de aumento real
PLR: 3 salários mais R$8.317,90
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo)
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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