
Na quinta-feira, 12, aniversário da Caixa, mais uma vez os bancários vão protestarão contra a arbitrariedade impostas pela direção do banco em relação às condições de trabalho e às tentativas de desmonte da instituição pública empreendidas pelo governo Temer.
A Caixa informou pela imprensa que concluiu sua proposta para o programa de demissão voluntária, que deverá ser aberto aos funcionários no final deste mês de janeiro, com adesão até o começo de fevereiro. Segundo a Folha de S.Paulo, até 10 mil empregados poderão aderir ao plano, que deve ser direcionado àqueles com idade para se aposentar, mas que seguem na ativa. A Caixa tem um universo de 20 mil trabalhadores que se enquadrariam nesses critérios.
O Sindicato reforça que a Caixa mantém um papel importante na manutenção de políticas sociais, e a redução do quadro de funcionários prejudicará não só os empregados do banco, como também a população. O que o governo pretende impor aos trabalhadores da Caixa e à sociedade é um ajuste fiscal por meio da retirada de direitos e do desmonte do Estado reduzindo políticas públicas.
“Um plano de demissão voluntária sem a previsão de novas contratações é só mais um passo para o desmonte da Caixa e das empresas públicas, promovendo retirada de direitos. Somente a mobilização da sociedade e, principalmente, dos empregados pode barrar o sucateamento da Caixa e a piora das condições de trabalho”, disse Marcos Saraiva, diretor do SEEB/CE e empregado da Caixa.
Estado mínimo – Para incentivar a aposentadoria, ainda de acordo com o jornal Folha, a Caixa planeja oferecer uma bonificação de dez salários, conforme o tempo de casa. No entanto, esse é um dos pontos que precisam da aprovação do governo antes da publicação das regras aos funcionários. O lançamento do plano dependeria do aval do Ministério do Planejamento, que poderá vir na próxima semana. A Caixa não quis comentar o assunto.
O caminho da retomada do crescimento passa pelo aumento de políticas públicas e do papel do Estado na economia, e a Caixa deveria ter um papel central neste sentido ao invés de sofrer um processo de sucateamento que só beneficia os bancos privados com a diminuição da concorrência em um setor extremamente concentrado e que não beneficia em absolutamente nada no desenvolvimento da economia.
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