
A Caixa anunciou, na sexta-feira, dia 14/7, a volta do Programa de Desligamento Voluntário Extraordinário (PDVE). Na primeira fase, encerrada em 31 de março, a meta da direção da Caixa era de desligar 10 mil trabalhadores. Segundo a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), foram 4.645 adesões ao plano de demissão.
Os empregados estão preocupados com a volta do programa, pois o recado é claro: não haverá reposição das vagas deixadas pelos empregados que aderirem ao PDVE e deixarem o banco. Isso só piora as condições de trabalho dos empregados que permanecerem e afeta diretamente o atendimento à população.
A CEE vai averiguar os termos do PDVE para garantir que não haja perdas de direitos para os empregados que aderirem. Porém, desde já manifesta sua contrariedade por mais uma decisão unilateral do banco, sem qualquer negociação com os representantes dos trabalhadores.
O desenho que está sendo pensado para a Caixa é semelhante ao modelo proposto para os bancos que foram enfraquecidos e privatizados nos anos 90, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. As demissões desenfreadas, tidas como voluntárias serão aceleradas. O sonho de uma Caixa sintonizada com os desafios do Brasil ficará cada vez mais distante.
“A Caixa é um dos poucos instrumentos de política social, mas caso esse processo obtenha êxito, esse perfil poderá ser riscado do mapa”, denuncia Jair Pedro Ferreira, presidente da Fenae.
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