Economia em crise prejudica negociações coletivas
A subseção do Dieese da CUT fez uma análise dos reajustes salariais conquistados em 2017, ano em que o Brasil registrou baixo crescimento econômico, incertezas e instabilidades que impactaram nas negociações coletivas e concluiu que, para a classe trabalhadora, não há sinal da tal recuperação econômica tão festejada pela mídia conservadora. Sem crescimento econômico, com altas taxas de desemprego e aumento da informalidade é muito pequena a margem para aumentos reais nas negociações coletivas e, apesar da inflação baixa, muitas categorias não conseguiram conquistar aumentos reais nos salários. Um elemento que pode dificultar as negociações coletivas em 2018 é a tentativa de retirada de garantias previstas nos acordos e convenções coletivas com a entrada em vigor da Reforma Trabalhista.
TST autoriza demissão em massa
Um dos itens da nova lei trabalhista, que alterou a CLT, retirando direitos da classe trabalhadora, foi avalizado pelo seu mais ferrenho defensor, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins. Mal o ano começou, ele autorizou 129 demissões de professores do Centro Universitário Ritter dos Reis (UniRitter), que foram dispensados em massa, sem que o sindicato tivesse sido comunicado. Antes da nova lei trabalhista, as empresas eram obrigadas a avisar os sindicatos quando pretendiam demitir em massa. Os sindicatos negociavam e se não conseguissem impedir as demissões, negociavam algumas compensações. Gandra usou justamente o artigo 477-A da nova lei para revogar decisão de 2ªinstância do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) que havia confirmado decisão liminar de 1ª instância que proibia as demissões na UniRitter.
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