
Aumento real, PLR maior, defesa da Convenção Coletiva de Trabalho para todos, manutenção dos direitos, dos empregos e que qualquer tipo de alteração na forma de contratação seja feita via negociação coletiva. Essas são algumas da prioridades dos bancários, indicadas na pauta de reivindicações entregue pelo Comando Nacional da categoria à Fenaban no dia 13/6. A primeira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2018 foi marcada para 28 de junho.
Os trabalhadores cobram, ainda, o fim do assédio moral e fazem a defesa intransigente dos bancos públicos e da sua função social para o desenvolvimento do Brasil.
A Conferência Nacional da categoria, realizada de 8 a 10/6, definiu cobrar dos bancos a assinatura de um pré-acordo de ultratividade, para que todos os direitos previstos na CCT continuem valendo até a assinatura de um novo acordo. Queremos garantir que tenhamos um processo negocial tranquilo.
“A defesa do emprego, dos salários e dos direitos dos trabalhadores é função intrínseca do papel dos sindicatos, mas nesse momento ainda mais. Foi bastante importante fechar aquele acordo de dois anos, mas de lá para cá foram fechados cerca de 40 mil postos de trabalho nos bancos. O Brasil está vivendo uma fase preocupante. O país não cresce, mas o sistema financeiro tem lucros crescentes. Foram quase 34% nos lucros no ano passado, mais de 20% no primeiro trimestre deste ano. E isso só dos bancos representados nessa mesa (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander)”, disse a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.
Valorização da CCT
Juvandia destacou ainda a importância da organização da categoria bancária. “Na greve dos caminhoneiros vimos o caos que foi não ter quem fizesse essa representação, que falasse pela maioria. E isso tudo porque têm uma forma de contratação de autônomos. Mais uma mostra da importância de lutarmos para que nossa categoria tenha emprego de qualidade, não como PJ, terceirizado, autônomo”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.
“A nossa intenção é negociar nossos acordos e que os banqueiros atendam as nossas reivindicações. Estamos dispostos a negociar, até porque os lucros dos cinco maiores bancos nesses três primeiros meses de 2018, já chegaram a R$ 20 bilhões e isso dá condições de atenderem as reivindicações da categoria bancária. Nosso foco também é a defesa dos empregos”, disse José Eduardo Marinho, presidente em exercício do Sindicato dos Bancários do Ceará, integrante do Comando Nacional dos Bancários.
Resultado da Consulta
Pesquisa realizada pela Contraf-CUT junto a mais de 35 mil empregados de bancos públicos e privados em todo o Brasil apontou que 73% dos bancários avaliam como péssima a reforma trabalhista (lei 13.467/2017) e 79% responderam que não votarão nos deputados e senadores que aprovaram a nova lei.
De acordo com a consulta, 60% dos bancários estão dispostos a aderir a uma eventual paralisação, caso as negociações não avancem
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