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  16/01/2007
Edição Nº 962 15 a 19 de janeiro de 2007
GENTE DE TALENTO

Bancária cearense é premiada em concurso nacional da Caixa

O Concurso Gente de Talento 2006 da Caixa Econômica Federal, premiou, em nível nacional, os melhores trabalhos nas categorias conto, poesia e fotografia, o que levará a uma publicação que fará parte do acervo da Caixa. A única cearense classificada na categoria “conto” foi Maria Tereza Frota Tibúrcio de Lima, lotada atualmente na REREV/FO.

O conto “As Faces da Liberdade” fala de pessoas que tiveram a vida modificada pelos serviços da Caixa. Maria Tereza trabalha há 16 anos na Caixa, com formação em Direito com pós-graduação em Literatura.

AS FACES DA LIBERDADE

O trem de subúrbio avança sobre o entardecer carioca, rumo ao centro da cidade. O percurso e o cenário, os mesmos de todos os dias, apresentam-se hoje, particularmente belos. A cidade, tantas vezes cantada em verso e prosa como maravilhosa, aparece resplandecente em toda a sua beleza.

Apertado em seu terno alugado, Anastácio não cabe em si de contentamento. O barulho dos trilhos o embala como música, a aglomeração de passageiros àquela hora é sentida como um abraço. Anastácio tem os olhos e o pensamento voltados para um futuro bem próximo, que terá início precisamente dentro de poucas horas.

A vida dura, o trabalho exaustivo, as noites em claro em cima dos livros parecem agora, para o jovem do morro, parte de um passado difícil. O trem adentra a estação. Chegara o tão esperado momento. Ao atravessar a praça, Anastácio defronta-se com uma agência da Caixa. Para muitos que ali passam indiferentes, um estabelecimento bancário como tantos espalhados pelo Brasil. Para ele, aquele lugar simbolicamente colocado em seu caminho, integrado à geografia de seu cotidiano, constitui o nascedouro do sonho, agora prestes a se concretizar. Ainda conserva vivas na memória, a ansiedade com que se inscreveu para a seleção do financiamento estudantil, a angústia da espera, a explosão de felicidade pelo resultado favorável. E o momento chegara.

As luzes do campus da Universidade já podem ser vistas ao longe. O peito aperta-se, um frio suor corre-lhe nas costas. Será o esforço da caminhada, ou a emoção que chega ao seu extremo? Anastácio sobe quase que levitando os degraus que o separam de sua realização. A família – a mãe e a avó, Anastácio é órfão de pai desde os sete anos – a noiva e alguns amigos, já o aguardam ansiosos. Esta noite ainda, o extasiado Anastácio sairá dali com seu diploma de bacharel em Direito. Ele conseguira. O azul da noite, para Anastácio, tinge-se de rosa, a cor de seus sonhos de infância.

A promessa de ser admitido como advogado no escritório – o patrão, proprietário do escritório de advocacia onde Anastácio trabalha há tempos como office boy, fizera questão de comparecer à formatura – a vontade de recompensar a mãe e a avó pela dureza de suas vidas, o casamento tantas vezes adiado por falta de recursos, tudo isso formava o caleidoscópio de emoções pelo qual passava naquele momento. A possibilidade de vencer na vida deixara de ser um sonho para se tornar agora uma realidade. Naquele momento, um grito de liberdade ecoava mais forte em seu coração, vindo de um passado distante, no qual, um escravo da fazenda Ouro Verde chegava à cidade do Rio de Janeiro.

Damião viajava sozinho. Acompanhavam-no somente a felicidade e a esperança. Com facilidade chegou ao prédio de pedras construído pela Coroa Portuguesa. Ali funcionava a Caixa Econômica da Corte. A imponência da edificação intimidava o humilde escravo. Damião continuava parado à porta. Grande era o receio de entrar.Tantas vezes vira o seu senhor desaparecer atrás daquelas portas para tratar de negócios. O sentimento de inadequação, resultante de sua condição, paralisava o escravo. Teria que vencer o medo. E este momento era especial. Adentraria a agência da Caixa Econômica da Corte para tornar-se o cliente Damião. Amarrado à cintura, Damião levava consigo um saco de pano, onde guardava o dinheiro amealhado com a venda de frutas e de agrados recebidos das pessoas que visitavam a fazenda. Estava tudo acertado com o dono, o barão Almeida, com quem ajustara o valor de sua carta de alforria. A poupança, agora iniciada, constituía o princípio de um sonho de liberdade.

O ideal de liberdade e a esperança na possibilidade de uma vida melhor para todos os seus irmãos de raça inundavam Damião naquela ensolarada manhã e atravessaria o século para estar no coração do Doutor Anastácio da Silva naquela noite de luar carioca.

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