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  21/08/2007
Edição Nº 992 de 20 a 24 de agosto de 2007

Entre a fila da morte e a esperança de uma vida nova

Dono de uma renovadora de pneus, Wilter Ibiapina levava uma vida normal até descobrir que era portador do vírus da hepatite C, que causa inflamação do fígado. Após a descoberta da doença, o médico de Wilter informou-lhe que a única solução para o seu caso era um transplante. Foram sete meses na fila de espera até o dia que Wilter recebeu um novo fígado. “Nesse momento de turbulências, o mais importante é o apoio da família. Meus amigos me abandonaram. Tive que refazer a minha vida e encontrei no trabalho voluntário um novo sentido para viver”, afirma ele.

Hoje, quatro anos após o transplante, Wilter dedica seu tempo à presidência da Associação Cearense dos Pacientes Hepáticos e Transplantados (ACEPHET). A Associação foi fundada em maio de 2003 e tem por objetivo dar assistência aos pacientes que esperam por transplantes e aos transplantados, além de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos.

Segundo dados da Central de Transplantes do Ceará, nos últimos anos, caiu o número de doadores de órgãos no Estado. Em 2005, foram realizados 519 transplantes enquanto em 2006 foram 446. De acordo com Wilter Ibiapina, “a conscientização da população cearense ainda é muito pequena”, embora o Estado possua uma das melhores estruturas para transplantes no Brasil. Ele afirma também que as campanhas de mobilização são fracas, não sensibilizando a população.

Algumas famílias não sabem como proceder para a doação de órgãos (caso seja confirmada a morte encefálica, o tempo máximo para que os órgãos sejam encaminhados à doação é de 24 horas), outras só acreditam na morte do ente querido quando o coração pára de bater, o que impossibilita a retirada dos órgãos.

No caso de doação em vida é permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de órgãos, tecidos ou parte do corpo vivo para fins de transplante ou fins terapêuticos nos seguintes casos: órgãos duplos, partes de órgãos cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco. A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do corpo humano deverá ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, constatada e registrada por dois médicos não participantes das equipes de remoção e transplante.

Débora Ferreira, 34 anos, estava no último ano do curso de Terapia Ocupacional quando descobriu que tinha encefalopatia, manifestação de doenças no fígado, aonde há um excesso de produtos tóxicos provenientes da alimentação e do próprio fígado. Débora afirma que, mesmo temendo uma rejeição do organismo ao órgão transplantado, agarrou-se à única chance de se manter viva. “Fiquei feliz porque tinha uma opção. Durante os seis meses que fiquei na 'fila da morte' tive acompanhamento semanal e me preparei para o transplante”.

Wilter relata que há poucos casos de rejeição de fígado. No entanto, ele se mostra preocupado com o número de pessoas que morrem na fila. “Em 2006, nós tivemos 55 transplantes de fígados no Ceará, sendo que 39 pessoas morreram enquanto aguardavam. De acordo com a Central de Transplantes do Ceará, o índice de rejeição é maior nos transplantes de rins. “A rejeição crônica no transplante renal é a coisa mais temida pelo nefrologista (médico especialista em doenças do rim). Quando isso ocorre, o rim perde a função ao longo dos anos, e o paciente tem que voltar a fazer diálise”, explica Norma Albuquerque, enfermeira da Central.

Segundo ela, é necessário a criação de políticas públicas com a participação de todas as esferas governamentais e institucionais (Estado, prefeituras, secretarias de saúde, organizações civis e associações) para que se pense uma forma sustentável para os transplantes não só no Ceará, mas no Brasil. Enquanto essas políticas não são criadas, Wilter e Débora, assim como outros transplantados, tentam mostrar aos pacientes que ainda esperam por um órgão que é possível recomeçar.

Centros Transplantadores no Ceará

• Hospital Geral de Fortaleza
• Hospital Universitário Walter Catídio
• Clínica Neuza Rocha
• Instituto dos Cegos
• Hospital de Olhos Leiria de Andrade
• OFTALMED
• Pronto Clínica
• OFTALMOCLÍNICA
• Centro Cearense de Oftalmologia – CCO
• Centro Avançado de Retina e Catarata
• Hospital São Francisco
• Hospital Santo Inácio

Serviço

• Associação Cearense dos Pacientes Hepáticos e Transplantados (ACEPHET) – Telefone: (85) 9943 0460
• Central de Transplantes – Telefone (85) 3101 5238

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