Aposentados por invalidez na mira de Temer
Enquanto perdoa dívidas milionárias de grandes bancos como Itaú e Santander e libera bilhões em emendas parlamentares para angariar apoio no Congresso, Temer parte para cima de uma das parcelas mais vulneráveis da população brasileira: os aposentados por invalidez. Em nova fase do Programa de Revisão dos Benefícios por Incapacidade, conhecido como pente-fino, o governo federal convocará cerca de 1,5 milhão de segurados. A meta final do programa é reduzir o número de aposentadorias por invalidez de 3.477.468 para 1.004.886. De acordo com os últimos números divulgados pelo governo federal, até o momento foram revisados mais de 200 mil auxílios-doença nas fases anteriores do programa de revisão de benefícios. Até 14 de julho, o INSS cancelou 160 mil benefícios, 80% do total de segurados que passaram por perícia de revisão.
Fim da Farmácia Popular é sentença de morte
O programa Farmácia Popular corre o risco de acabar de uma vez por todas. Além de ter 400 unidades fechadas pelo governo Temer, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou que irá cortar, até pela metade, os custos com as indústrias que fornecem medicamentos aos estabelecimentos conveniados. O Ministério da Saúde afirma que a redução se dará num processo de negociação com o setor produtivo e varejista de medicamentos. As doenças que mais matam brasileiros estão contempladas no programa, como hipertensão, diabetes e asma, que representam em torno de 90% da demanda total da Farmácia Popular. Para o senador Humberto Costa (PT-SP), ex-ministro da Saúde, o fim do programa que oferece remédios de graça ou com até 90% de desconto seria “sentença de morte” para milhões de pessoas que não têm condições de custear um tratamento.
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