Bancos: maiores beneficiados com Refis
Os bancos, setor mais lucrativo da economia, foram os maiores beneficiados com o Refis, programa de parcelamento de débitos tributários da União. Itaú, Santander, Safra e Rural tiveram abatimento de mais da metade das suas dívidas pelo governo federal. Juntos, os quatro bancos negociaram uma dívida total de R$ 657,3 milhões, mas terminaram se comprometendo a pagar apenas R$ 302 milhões. Enquanto congela investimentos públicos por 20 anos, rasga a CLT com a reforma trabalhista, que teve a colaboração dos bancos, e tenta impor o fim da aposentadoria, o governo Temer abre mão de receitas milionárias com o perdão de dívidas do setor financeiro. Isso joga por terra o discurso de austeridade fiscal e escancara a quem serve hoje o governo federal.
Informalidade detona economia
Contrariando um dos principais argumentos usados para aprovar a reforma trabalhista, a de geração de emprego com retomada da economia, a recuperação do mercado de trabalho puxada pelo emprego informal, sem carteira assinada, não dá segurança para as famílias voltarem a consumir. Em 2017, foram criadas 1,8 milhão de vagas – todas no setor informal. Com carteira, 685 mil vagas foram perdidas. A renda média dos sem carteira chega a ser metade da renda dos formais. E a oferta de vagas piorou muito. No fim de 2011, eram 39,9 milhões de trabalhadores com carteira. No fim de 2017, 38,4 milhões. No mesmo período, o país saiu do pleno emprego para uma situação em que há 12,3 milhões de desempregados.
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