Ao invés de oferecer uma solução mais segura enquanto durou a greve dos caminhoneiros, o Itaú joga a responsabilidade do transporte no colo dos bancários e sugere que os mais de 90 mil trabalhadores espalhados pelo Brasil fossem trabalhar de carona ou bicicleta.
As bicicletas citadas na nota do banco aos funcionários são aquelas patrocinadas pela instituição e que ficam à disposição apenas para passeio, já que não possuem itens de segurança para grandes trajetos.
Essa atitude do Itaú é de total irresponsabilidade já que o banco quer os bancários trabalhando, mas, em um momento de extrema urgência, não oferece uma opção de transporte seguro. Pedalar em grandes cidades não é tão simples assim. Além do próprio risco no trânsito ainda há a questão da segurança.
Outro questionamento sobre o trecho da nota do banco que fala em “mínimas atitudes podem gerar impactos significativos na vida das pessoas”.
“Cadê as mínimas atitudes do banco em relação aos seus ‘colaboradores’? Como ficam os bancários que precisam se deslocar de casa para o trabalho e vice-versa, sem ajuda do banco? O Itaú que lucra tanto em cima do trabalho dos bancários deveria se envergonhar de dar essas sugestões colocando a vida e integridade física do trabalhador em risco”, disse Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú.
“O Itaú teve lucro de mais de R$ 6 bilhões no primeiro trimestre e teria plenas condições de fretar ônibus ou disponibilizar táxis para os bancários se deslocarem com segurança”
Ribamar Pacheco, diretor do Sindicato e funcionário do Itaú
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