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  05/11/2018
Edição Nº 1547 de 3 a 8 de novembro de 2018
ARTIGO

SE O ATIVISMO VIRAR CRIME, QUEM LUTARÁ POR SEUS DIREITOS?

“Vamos botar um ponto final em todos os ativismos do Brasil.” Esta é uma das primeiras frases que o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) martela constantemente em seus discursos. São 18.000 sindicatos, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, além de 820.455 organizações da sociedade civil ativas no Brasil, de acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Há dois pontos fundamentais de incerteza para essas entidades: os ativistas temem por suas vidas e pelo esvaziamento das suas lutas. O consenso é que não há como parar de lutar.

Nenhum avanço da humanidade em direção à civilização veio sem luta: foi a mobilização das mulheres que lhes garantiu o direito ao voto e foram trabalhadores organizados no início do século que conquistaram jornadas menores. Proibir que pessoas se organizem por melhorias trará enormes retrocessos. O que será da população brasileira se o ativismo no Brasil virar crime? O que será dos trabalhadores sem seus sindicatos? Quem lutará por seus direitos?

O que hoje parece a coisa mais banal do mundo, requereu muita mobilização, com passeatas, comícios, prisões, retaliações das mais diversas e até mesmo mortes: o direito ao voto, a redução da jornada de trabalho, a luta contra a segregação racial, contra a homofobia, pela igualdade de gênero, a luta pela redemocratização do país que amargou durante 20 anos um regime militar, entre outras.

Os bancários também usufruem de muitos frutos do ativismo. A organização da categoria em sindicatos, mobilização em protestos e greves resultaram em uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que é válida em todo o país; em aumentos reais consecutivos; na jornada de seis horas e no não trabalho aos sábados. Os bancários também foram a primeira categoria a conquistar o direito de receber parte do lucro das empresas, a PLR. Sem falar em outros benefícios como vales refeição, alimentação, auxílio creche, licença maternidade e paternidade ampliadas – tudo fruto da luta do ativismo bancário.

Há ainda mais um dado preocupante, diante da eleição de um presidente com claras tendências privatistas. Como ficará a defesa dos bancos públicos, sem a presença das associações representativas de bancários, como AABB, APABB, APCEF, ACEA, AABNB, AFBNB entre outras, todas fadadas à perseguição política, enfraquecimento e até mesmo, extinção?

Neste contexto, a declaração de Bolsonaro é de extrema gravidade. Qualquer sociedade liberal e democrática abraça o ativismo como uma coisa normal, sem nenhum problema, inclusive como algo necessário à própria democracia.

Prender, coibir ou mandar ativistas para fora do país significa a volta da ditadura no Brasil. É uma afronta à liberdade das pessoas e a seu direito de se organizarem por mais conquistas. Sem ativistas dispostos a levantar a voz contra injustiças, a sociedade retrocede. Sem dirigentes, sem sindicatos, sem as associações, quem vai representar e lutar pelos direitos dos trabalhadores? O atual momento é, acima de tudo, de união e de coragem. Estaremos juntos.

Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará

Última atualização: 05/11/2018 às 14:16:42
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