Nos últimos dias, bandos ligados às facções criminosas, como foi informado à população, estão cumprindo ordens vindas de dentro dos presídios para atacar os equipamentos e prédios públicos, também estão atacando as agências bancárias de Fortaleza, da Região Metropolitana e do Interior. O Sindicato dos Bancários do Ceará, atento à questão da insegurança pública e da insegurança bancária, cobra dos órgãos de segurança do Estado e dos bancos, medidas urgentes para restabelecer a paz social e o atendimento nas agências. Isto, para que a população possa transitar tranquila nesses locais públicos, bem como os bancários possam ter local adequado e seguro para trabalhar.
O diretor do Sindicato, José Eduardo Marinho, lembra que os bancários em sua minuta entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) solicitam o vídeo-monitoramento dos bancos a distancia com interligação com os órgãos de segurança pública, para coibir ou pelo menos minimizar esse tipo de ataque às agências. “Os banqueiros tem papel importante nisso, porque essa demanda dentro das tecnologias já existe, mas é subutilizada nos bancos. Se essa tecnologia fosse estendida para todas às unidades bancárias, iria reduzir o problema da insegurança, para a população e funcionários”, completou o dirigente.
Dias de terror na Capital, RMFe Interior
As mudanças nos presídios, anunciadas pelo novo titular da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap), Luís Mauro Albuquerque, emerge como a principal motivação para a ira das facções criminosas e para a série de ataques que aterrorizou a Capital e a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que começou na noite da última quarta-feira (2) e se estendeu até ontem, 7/1. Vários prédios públicos, ônibus de transporte público, agências bancárias, revenda de automóveis, viaduto e até casas lotéricas foram alvos de ataques.
Durante a segunda-feira, 7/1, houve toque de recolher comandado pelas facções, em vários bairros de Fortaleza e Região Metropolitana. Estabelecimentos comerciais ficaram fechados, após a afixação em vários locais da cidade de uma nota atribuida às facções sugerindo o fechamento, sob pena de punição. Temendo, os comerciantes fecharam lojas, postos de gasolina, farmácias, padarias, mercearias, sorveterias e todos tipo de comércio. Segundo a nota o fechamento deve se estender até esta terça-feira, dia 8/1.
Na semana passada, os ataques às agências bancárias atingiram o Bradesco no bairro Otávio Bonfim, na Av. Bezerra de Menezes,alvo de tiros na fachada. A Caixa Econômica Federal da Av. Francisco Sá, no bairro Jacarecanga, sofreu uma tentativa de incêndio e logo em seguida, no bairro São João do Tauape, na Av. Pontes Vieira, uma agência do Bradesco foi metralhada.
Durante a madrugada, a agência do Bradesco localizada no centro de Caucaia também foi atingida por tiros. O ataque aconteceu por volta da meia noite e os tiros quebraram parte da vidraça da agência.
Já em Pajuçara, bairro de Maracanaú, uma agência da Caixa Econômica Federal ficou totalmente destruída após um incêndio. Criminosos atearam fogo a um carro no local e, em seguida, lançaram o veículo contra a agência.
A situação fez com que o governador Camilo Santana (PT/CE) solicitasse reforço da Força Nacional para o Ceará, além de definir reforço policial e escala de emergência nas delegacias para prevenir novos ataques.
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08/01/2019
