Tomaram posse na segunda-feira,7/1, os novos presidentes do Banco do Brasil, do BNDES e da Caixa Econômica Federal, na presença do presidente Jair Bolsonaro.
O privatista Pedro Guimarães é empossado na Caixa e confirmando o que já havia afirmado na posse do presidente Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro, afirmou que irá fatiar o banco público, através de abertura de capital das operações de Cartões, Loterias, Asset e Seguros, para saldar “dívida” de R$ 40 bilhões com o governo federal em até quatro anos. "Todos nós aqui temos prazo para pagar, os bancos privados também têm. A determinação do meu chefe, o ministro da Economia Paulo Guedes, é que esses R$ 40 bilhões serão pagos", declarou o novo presidente da Caixa. Para o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis, as afirmações de Guimarães ignoram a contribuição da Caixa para o país e colocam em risco as funções sociais do banco público.
O economista Rubem Novaes é o novo presidente do Banco do Brasil. Novaes foi colega de Paulo Guedes, ministro da Economia, na Universidade de Chicago, centro propagador do neoliberalismo. Foi diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV). O economista, que foi denunciado em 1999 por repassar informações ao mercado financeiro no caso Marka, já fazia parte da equipe de consultores da campanha de Bolsonaro, sendo responsável pelo programa de privatização. Ele foi absolvido da acusação envolvendo o Marka. “Causa preocupação a intenção de privatizar ativos do Banco do Brasil, partida de uma pessoa com visão neoliberal e sem ligações com a empresa”, alerta João Fukunaga, diretor do SEEB/SP e funcionário do Banco do Brasil.
O novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, defendeu parcerias com a iniciativa privada e o fortalecimento das empresas médias. "Não há país com uma livre iniciativa forte que não tenha empresas médias fortes. Na verdade, historicamente, é uma vulnerabilidade do Brasil não ter um setor de empresas médias e pequenas, mas principalmente médias fortes e com capacidade de crescer e criar emprego, desenvolver e incorporar novas tecnologias", disse Levy. Para ele, este é um desafio e um mercado para o BNDES atuar (Agência Brasil).
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