No dia 27/3, o Banco do Brasil apresentou sua proposta final na mesa de negociação da Cassi. Fruto de longo e duro processo negocial, a proposta é definitiva. Os negociadores do BB informaram que o banco não vai mais fazer qualquer alteração no documento apresentado, uma vez que a proposta - que traz avanços em relação à de 2018, rejeitada em consulta pelos associados – já foi votada pelo Conselho Diretor do BB.
Na atual conjuntura política, na qual o governo federal tem postura extremamente privatista, que se alinha ao discurso do presidente do BB, Rubem Novaes, a proposta, mesmo não sendo a ideal, permite resguardar o plano de saúde dos funcionários, da ativa e aposentados.
Nesse cenário de ameaças como uma possível intervenção da ANS (Agência Nacional de Saúde) na Cassi e de tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores com privatizações, aprofundamento da reforma trabalhista, proposta nefasta de reforma da Previdência e cortes orçamentários na saúde pública, a prioridade deve ser preservar o futuro da Cassi.
Ameaças essas que se agravam na eminência de um novo Conselho de Administração, composto por nomes mercado. De acordo com matéria do Valor Econômico, recentemente foram indicados seis novos nomes do mercado para o Conselho de Administração do BB, o que reforça o caráter privatista e adverso aos trabalhadores da atual conjuntura política: Guilherme Horn (Accenture), Luiz Fernando Figueiredo (Mauá Capital), Luiz Serafim Spinola Santos (UBS Capital e Bank of Boston), Marcelo Serfaty (G5 Partners, Pactual, Fiducia Asset), Ricardo Reisen de Pinho (Oi e Petrobras) e Waldery Rodrigues Junior (Secretário da Fazenda).
Na avaliação do Sindicato, a recusa da proposta seria jogar os interesses dos associados da Cassi em uma verdadeira arena de leões. Por considerar que apresenta avanços e visa à sustentabilidade da Cassi, apesar de não ser a ideal, a entidade orienta pela aprovação da proposta em consulta ao corpo social.
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