Em reunião realizada virtualmente dia 22/7 com o movimento sindical, o Santander se comprometeu a negociar a implantação de um banco de horas negativo para os trabalhadores que estão afastados por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. A proposta será apresentada em detalhes em nova reunião em breve.
A representação do funcionalismo reforçou que a proposta do banco não pode acarretar em prejuízos para os trabalhadores, seja na compensação dessas horas, ou em relação ao saldo negativo que restar findo o prazo do acordo. E que não pode haver meta de cumprimento das horas negativas durante o período da compensação e enfatizamos que a carga máxima de compensação de horas deverá ser de no máximo duas horas diárias.
Quanto ao trabalho em home office, as entidades questionaram o banco sobre a convocação de trabalhadores para continuarem em home office, mediante acordo individual com validade de um ano. Os representantes do banco disseram que no momento não há nenhum acordo de adesão ao trabalho de home office, mas uma breve consulta está sendo realizada com os trabalhadores de algumas áreas, e o banco tem a intenção de discutir este tema na mesa de negociação na Fenaban. Contudo, já apresentou algumas premissas, como jornada mista alternada entre o trabalho no escritório e em casa, sem redução de salário nem de benefícios ou retirada de qualquer outro direito.
NOVOS PROTOCOLOS – O banco está implantando mudanças de protocolo em relação ao teste de covid-19: quando um trabalhador apresenta sintomas da doença, ao invés de se consultar por meio da telemedicina do banco e permanecer afastado, o banco agora dá autorização para que o empregado faça um teste de farmácia. Contudo, estes testes são conhecidos pela pouca eficácia, o que pode contaminar outras pessoas. Os representantes do Santander informaram sobre a realização de um projeto piloto implantado em seis Estados do Brasil escolhidos com base em critérios como a curva de contágio e a densidade demográfica. Também disseram que irão apresentar este projeto com mais detalhes na próxima reunião.
METAS – Além da cobrança abusiva de metas, o banco criou a campanha “Rumo a Mais um Milhão de Clientes”, que consiste na visita para prospecção de clientes em plena pandemia do coronavírus. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram que para a próxima reunião o banco traga informações sobre esta campanha, que preocupa por convocar os trabalhadores para sair às ruas em um momento em que a acurva de contaminações não está diminuindo.
|