Por mais que o Brasil seja responsável pelos 32% do lucro mundial do Santander, o banco espanhol exerce no país a mais perversa política de demissão. Desde do início da pandemia do coronavírus, já realizou mais de 800 desligamentos. Também fechou agências – mais de 90 agências em 12 meses. Somente no Ceará, já foram cinco demissões em poucos dias.
Para protestar contra essa postura do banco, na quinta-feira (24/9), os bancários cearenses participaram do Dia Nacional de Luta com o mote “Na Defesa do Emprego e Contra as Demissões”, além de participar de um tuitaço com a hashtag #SantanderPareAsDemissões. O Sindicato dos Bancários do Ceará colocou faixas em vários cruzamentos de Fortaleza denunciando à sociedade a postura do Santander, assim como visitou as principais agências da cidade.
As ações de denúncia e pressão contra as atitudes da direção do banco foram definidas em reunião dos membros da Comissão de Organização dos Funcionários do Banco Santander (COE/Santander), no último dia 21/9. No início da pandemia do novo coronavírus, o banco se comprometeu a não demitir durante esse período, mas não vem cumprindo o acordo que firmou com os sindicatos.
Com um lucro de R$ 5,989 bilhões no 1º semestre de 2020, o Santander faz do Brasil um paraíso. O resultado só não foi melhor porque o banco aumentou em 63% as PDD (Provisões para Devedores Duvidosos). Sem a elevação, o lucro teria sido de R$ 7,749 bilhões, alta de 8,8% em 12 meses e de 1,1% no trimestre. Com números tão expressivos, não há justificativa para tantas demissões, sobretudo diante da crise sanitária.
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