O Sindicato dos Bancários do Ceará promeveu, segunda-feira, 2/4, a quarta paralisação parcial de agências do BNB. O ato foi realizado em Maracanaú, Região Metropolitana de Fortaleza. Os diretores da entidade informaram os cidadãos dos motivos do manifesto, entre os quais a queda brusca do lucro do Banco, que despencou de R$ 600 milhões no primeiro semestre para 14 milhões no segundo. Os trabalhadores realizaram o ato cobrando explicações da direção do Banco e informaram que se não houver explicações por parte do BNB, os trabalhadores poderão fazer uma paralisação geral.
Sobre o fraco desempenho do Banco, o diretor do Sindicato, Océlio Silveira, questionou: “onde está o dinheiro? Nós funcionários não vamos pagar essa conta por causa dos desmandos ocorridos no BNB. Nossa preocupação e das entidades sindicais não fica por aí. Recursos do FNE hoje estão sendo anistiados pelo BNB, mas já estão rolando notícias que outros bancos podem ser administradores desse fundo, fechamentos de agências estão ocorrendo e isso é perigoso. Nós estamos denunciando, queremos que o presidente do Banco, Jurandir Santiago, venha dialogar com a sociedade e com o Sindicato”, cobrou.
“Nós do Sindicato queremos que o Banco explique essa história de não estar dando lucro. Explique as operações mal feitas anunciadas pela imprensa. Nós não vamos permitir que aconteça com o Banco do Nordeste o que aconteceu com o BEC e outros bancos que acabaram sendo privatizados”, exclamou o diretor do Sindicato, Erotildes Teixeira. Ele também comentou a importância do banco público. “O dinheiro não pertence a A ou B, pertence ao povo do Estado e do Nordeste. O BNB é fomentador do desenvolvimento regional. É um banco essencial para o Ceará, para o Nordeste e para o País”.
“Os funcionários foram pegos de surpresa e de forma sorrateira, mas não podem pagar por erros de má gestão. Os funcionários estão a cada dia dando o máximo de sua competência, do seu esforço para levar esse Banco ao lugar que ele merece, que é fazer o desenvolvimento do Nordeste, levando crédito ao pequeno agricultor, a quem não tem acesso a crédito na rede privada. Por isso, os funcionários do BNB exigem respeito”, conclui o diretor do Sindicato, Ribamar Pacheco. |
