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Notícias

06/03/2013 

Hendrix (re)vive!

Chega ao mercado "People, Hell & Angels", 12º álbum póstumo com gravações de estúdio do guitarrista norte-americano Jimi Hendrix (1942 -1 970). O disco é o quarto de uma parceria do espólio do músico, o Experience Hendrix, com o selo Legacy Recordings, responsável pelas reedições especiais do acervo das gravadoras do grupo Sony Music. O novo trabalho é mais uma tentativa de chegar à obra que o guitarrista preparou, a partir de 1969, para suceder seu derradeiro disco, o clássico "Electric Ladyland" (1968)

Já se vão 42 anos desde que Jimi Hendrix (1942 - 1970) deixou de habitar estúdios e caminhar sobre o palco, fazendo suas guitarras soarem como bem entendessem. Ter morrido em decorrência de uma overdose acidental, que o fez aspirar o próprio vômito enquanto dormia, não impediu o músico de ser um artista prolífico. À época de sua morte, Hendrix contava três álbuns de estúdio, lançados sob o nome da banda The Jimi Hendrix Experience, e um ao vivo, com a Band of Gypsys. De setembro de 1970 para cá, quando o "baú" do guitarrista começou a ser revolvido, foram adicionados à discografia outros 19 discos ao vivo e 12 de estúdio. O mais recente deles foi lançado ontem, "People, Hell & Angels". Até os fãs mais apaixonados já aprenderam a desconfiar da crescente discografia de Hendrix. Como é possível que ainda exista algo a ser lançado, além de versões ligeiramente diferentes, do que apareceu nos três álbuns lançados em vida ou que foi editado nos discos póstumos? E o material ao vivo, em que set lists se repetem, além de enfrentar o intransponível problema da qualidade, por vezes precária, das gravações? Para responder estas questões, três pontos precisam ser considerados, indo do mais simples para o mais complexo.

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Sobras

Quanto às gravações ao vivo, aquelas que têm uma boa qualidade de áudio registram o virtuosismo de Hendrix e o espetáculo de improvisos que eram seus shows. Isso não é pouco. O músico foi um gigante da guitarra. Se Eric Clapton ganhou o título de Deus, foi Hendrix que ganhou a fama de ser o melhor guitarrista da história do rock. Some-se a isso o fato de alguns destes álbuns ao vivo trazerem ainda canções não registradas em estúdio. Para os interessados, a dica é escolher uns poucos discos do gênero, que se sobressaem pela qualidade e pela importância histórica (veja dicas no quadro ao lado).

Já o que diz respeito aos registros em estúdio, vale lembrar que o "baú" de Hendrix tem uma qualidade ímpar. O guitarrista era obcecado com o processo de gravação. Ele gravava tudo, cada passo. E sempre o fazia primando pela qualidade técnica, ao contrário de seus contemporâneos. É só comparar a qualidade das sobras de Hendrix e de outros gigantes dos anos 60. Por fim, no que diz respeito a "People, Hell & Angels", o disco faz parte de uma parceria entre os herdeiros de Hendrix e sua gravadora, a Sony Music. É o quarto lançamento, desde 1997. O resultado são álbuns menos caóticos do que aqueles que se multiplicaram na segunda metade dos anos 70, quando sua gravadora se esforçou para faturar o máximo possível com as sobras do músico. A família Hendrix investe, agora, numa espécie de curadoria, dando aos discos desta fase um conceito norteador.

Blues, funk e rock

"People, Hell & Angels" é um álbum irregular, mas não lhe faltam momentos de brilho. Há canções bem acabadas, que poderiam ter entrado nos álbuns lançados em vida pelo guitarrista sem lhes arranhar o prestígio.

É o caso da faixa de abertura, a inédita "Earth Blues". Um rock redondinho, mais baseado em riffs que solo. Poderia ir para as rádios como o novo single das bandas da atual cena blues rock. A interpretação de "Bleeding Heart", do bluesman Elmore James (1918-1936), um dos ídolos de Hendrix, também é digna de lembrança, ainda que o som não esteja perfeito. É o lado mais pop de Hendrix que se sobressai neste álbum, a exemplo de "Crash landing" e "Mojo man". As duas combinam blues-rock e funk

Utopia

O disco é mais um a perseguir a utopia de recriar o álbum no qual Hendrix trabalhava à época de sua morte. A maioria das gravações que aparecem em "People, Hell & Angels" foi feita com a Band of Gypsys (Hendrix, o baixista Billy Cox e o baterista Buddy Miles), entre 1968 e 1969. Muitas são conhecidas dos fãs, tendo figurado em LPs póstumos como "Rainbow Bridge" (1971) e "Crash Landing" (1975). Mesmo que Hendrix o tivesse concluído, "People, Hell & Angels" não deveria ser o sucessor de "Electric Ladyland" (1968), seu derradeiro álbum de estúdio. Seria o segundo da fila.

"The Cry of Love" (1971), primeiro disco póstumo do guitarrista, foi a primeira tentativa de realizar este LP inacabado. Ele trazia registros feitos entre o final de 1969 e agosto de 1970. A seleção das tomadas, assim como a produção e a mixagem ficou por conta de Eddie Kramer e Mitch Mitchell. O primeiro foi o engenheiro de som que ajudou a construir o lendário estúdio de Hendrix, o Electric Lady Studios, em Nova York (EUA), além de ter trabalhado com ele nestas sessões finais. Mitchell foi o baterista da The Jimi Hendrix Experience, de 1966 até a morte de seu líder.

"First Rays of the New Rising Sun", o título escolhido por Hendrix para nomear o sucessor de Electric Ladyland (1968), foi usado em um CD de 1997. Nele, versões remasterizadas de "The Cry of Love" foram combinadas com músicas lançadas em outros póstumos e material inédito. Foi o primeiro disco da parceria do espólio com a Sony, com uma ideia de curadoria.

"People, Hell and Angels" também foi um título cunhado pelo músico e usado em entrevistas para nomear um possível segundo álbum derivado das sessões de 1969 e 1970. Uma espécie de continuação de "First Rays of the New Rising Sun", com canções não aproveitadas nele. Os dois cobrem a maior (e melhor) parte do que o músico preparava, em seu esforço interrompido de reconquistar o mundo.

Disco
People, Hell & Angels
Jimi Hendrix
Sony Music
2013, 12 faixas
R$ 25

DISCOGRAFIA

Álbuns de estúdio

Are You Experienced? (1967)
Axis: Bold as Love (1967)
Electric Ladyland (1968)
Álbuns Póstumos (estúdio)
The Cry of Love (1971)
Rainbow Bridge (1971)
War Heroes (1972)
Loose Ends (1974)
Crash Landing (1975)
Midnight Lightning (1975)
Nine to the Universe (1980)
First Rays of the New Rising Sun (1997)
South Saturn Delta (1997)
Valleys of Neptune (2010)
People, Hell & Angels (2013)
Melhores Álbuns ao vivo
Band of Gypsys (1970)
Live at Woodstock (1999)
BBC Sessions (1998)

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 06/03/2013 às 10:46:20
 
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