"Colegas" nem havia estreado em todo o Brasil e já movimentava as redes sociais através da campanha #vemseanpenn. A produção que ganhou o Kikito de Melhor Filme, além do Prêmio Especial do Júri do 40º Festival de Cinema de Gramado fez com que Breno Viola, Rita Pokk e Ariel Goldenberg alcançassem a fama. Com méritos.
Mas, o que faz de "Colegas" esse fenômeno? O filme de Marcelo Galvão é um típico road movie, cheio de referências e homenagens a clássicos do cinema interpretado por um trio de jovens atores com síndrome de down.
Com a experiência pessoal (ele tem um tio com a síndrome), o diretor queria criar uma fábula universal sobre dificuldades e sonhos, sem que o distúrbio genético dos protagonistas fossem o mote. A ideia não é levantar bandeiras, mas criar uma história lúdica para "mostrar que tudo é possível", seja para os portadores de Down ou não.
Assim, o público é convidado a acompanhar a aventura de Stallone (Goldenberg), Aninha (Pokk) e Márcio (Viola) quando eles fogem do instituto onde moram para ter uma vida excepcional. A busca por esses sonhos se mostra universal e se faz real em realizações de coisas simples como ver o mar, casar e voar.
No caminho, acabam fazendo paradas estratégicas para, munidos de uma arma de brinquedo e inspirados pelo cinema, assaltar lojas de conveniência.
A vida dos personagens mudou e a dos atores também. E era isso que eles queriam. "O mais legal é a fama, ser super estar", diz Ariel que realizou o sonho de conhecer Sean Penn. Agora ele quer atuar com Camila Pitanga, Murilo Rosa, Dalton Vigh e com o Lima Duarte.
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