Seja pela aura cult ou pela qualidade cinematográfica, um cinéfilo não passa batido pelas obras de Quentin Tarantino. Desde Cães de Aluguel (1992) até Django Livre (2012), o que não faltaram foram polêmicas, confusões, cenas épicas e diálogos afiados. Ah, e um jorro de sangue e riso. Em 1994, Tarantino injetou vida ao cinema norte-americano com uma agulha direta no coração, ajudando Hollywood em uma das suas fases “menos criativas”. O nome da injeção foi Pulp Fiction – Tempo de Violência, ganhador unânime da Palma de Ouro em Cannes e vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original. Na última premiação, o Oscar de Pulp Fiction ganhou um irmão gêmeo pelo faroeste Django Livre. Por essas e tantas, Tarantino é queridinho do público cinéfilo, incluindo o teen. Para quem admira (ou ainda não conhece), a Top Pop elegeu as cinco características que fazem de Tarantino... Tarantino.
Cinema de referência
De Cães de Aluguel a Django Livre, ele segue com o mesmo foco. Cinéfilo que virou roteirista e diretor, Tarantino gosta mesmo é de cinema e lota seus filmes das referências mais diversas. Seja ao desconstruir sub-gêneros underground (gangster movie, western spaghetti, filme de kung-fu) ou ao levar às telonas reconstruções (nada realistas) de fatos reais (nazismo, escravidão), Tarantino prima em mostrar o quanto essa arte pode se alimentar de si mesma.
DOSSIÊ DO CINEASTA
Sangue em litros
Para ele, não há nada mais engraçado que sangue jorrando. Se você encara a violência como Tarantino, o impacto fica bem menor e menos chocante.
Mulheres
Com exceção de Cães de Aluguel (que não tem mulher) e Django Livre (em que as mulheres só gritam), todos os filmes de Tarantino tem mulheres fortes. Três e meio deles as têm como protagonistas: os dois Kill Bill, Jackie Brown e metade de Bastardos Inglórios.
Diálogos
Tarantino é um homem branquelo de meia idade que acha que é negro. E, em seus filmes, todos falam como ele. São palavrões e referências pop entrelaçadas em diálogos filosóficos. Porque, afinal, um Big Mac pode dizer muito sobre um país.
Eu, eu, eu, eu
Em seus trabalhos, de cara vem um “Um filme de Quentin Tarantino”. Depois um “Escrito e dirigido por Quentin Tarantino”. Não satisfazendo o enorme ego, o cineasta ainda costuma dar uma “pontinha” em todos os seus filmes.
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