Se alguém falasse, há uns cinco anos, que Paul McCartney estaria de malas prontas para vir a Fortaleza, certamente provocaria risadas e alguns adjetivos nada elogiosos. Mas eis que os bons ventos sopraram longe este pessimismo e o ex-Beatle está sim de malas prontas para vir a Fortaleza. Dentro de 10 dias, o músico inglês pisa pela primeira vez em solo cearense, onde apresenta sua turnê Out There na Arena Castelão, depois de passar por Belo Horizonte (4/5) e Goiânia (6/5).
Assim como aconteceu com as turnês anteriores – Up and coming tour e On the run – que também passaram pelo Brasil, Out There faz um apanhado de momentos inesquecíveis de Paul, começando pelos Beatles, passando pelos Wings e chegando até a carreira solo. Como de praxe, também deve ter espaço para homenagens aos velhos amigos de banda John Lennon (1940 – 1980) e George Harrison (1943 – 2001).
A expectativa pela chegada do músico é tanta que por aqui a pergunta “vai pro Paul?” já se tornou viral. Apesar disso, o astro já deixou avisado que não vai dar entrevistas. Com 70 anos de idade e mais de 50 dedicados à música, o artista já foi alvejado por todo tipo de pergunta sobre a carreira ou sobre sua intimidade. Até mesmo sobre tocar em uma cidade do Nordeste ele já se pronunciou, quando, em 2012, fez uma apresentação em Recife. “Não me importo com os lugares onde me apresento. Sempre gostei de desbravar territórios. Os Beatles já faziam isso. Vou me apresentar com esta turnê, On the run, na Colômbia, no Uruguai, no Paraguai e no Nordeste do Brasil, que nunca visitei antes e onde sei que o público está sedento de informação nova”, comentou à revista Época.
Desafiando qualquer limitação que a idade pudesse trazer, Paul McCartney costuma levar aos palcos um espetáculo grandioso, que chega a durar mais de três horas. Ao seu lado, há mais de 10 anos, ele conta com os músicos Paul ‘Wix’ Wickens (teclados), Brian Ray (baixo e guitarra), Rusty Anderson (guitarra) e Abe Laboriel Jr. (bateria). E olha que, em 1969, chegou a correr um boato de que o ex-Beatle estava morto. “Eu não estava nem aí. E além do mais, ia ser uma ótima publicidade, uma ideia que nunca ninguém iria ter. E tudo que eu tinha de fazer para essa publicidade dar certo era continuar vivo”, comentou cinco anos depois.
E, de fato, ele continuou bem vivo. Três décadas depois da morte do parceiro John Lennon, Paul McCartney é quem mais divulga a história dos Beatles pelo mundo, já que seu colega Ringo Starr não consegue a mesma simpatia do público e da crítica. Sobre a atemporalidade da sua antiga banda, o baixista já deu a seguinte explicação: “Acho que, basicamente, é a magia. Os Beatles eram mágicos. Estávamos entrando no coração e na mente de todos”.
Guiado por essa magia, Sir Paul McCartney vem emendando uma turnê em outra há muitos anos e se orgulha de fazer isso sem usar playback. “Quando nós cometemos algum erro em um show, sempre dizemos que é isso que prova que estamos fazendo tudo ao vivo”, disse ao tabloide Sunday Express e completou em entrevista ao programa Fantástico: “As pessoas pagam para ver o show e não uma gravação”. Apaixonado pelo ofício de fazer música, Paul faz parte de uma geração de ídolos que já encantou muitas gerações e pretende seguir assim enquanto for possível. “Se chegar o dia em que nem em barzinho do interior eu puder tocar, vou continuar cantando no meio da rua”.
SERVIÇO
Paul McCartney
– Out There
Quando: dia 9 de maio, quinta-feira, às 21 horas
Onde: Arena Castelão (avenida Alberto Craveiro, s/n - Passaré)
Quanto: Front Stage – R$ 600 (inteira) e R$ 300 (meia); Pista Premium – R$ 280 (inteira) e R$ 140 (meia); Cadeira Inferior – R$ 280 (inteira) e R$ 140 (meia); Cadeira Superior – R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia); Cadeira Superior Lateral – R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia); Lounge Vip – R$ 600 (com open bar)
Pontos de venda: Mucuripe Club (Travessa Maranguape, 108 – Centro), Iguatemi e www.ingresso.com.br
Outras informações: 3033 1001
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