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28/06/2013 

Fora do circuito comercial, o forró ganha novos contornos no mercado alternativo

Fora do circuito comercial, o forró ganha novos contornos e busca sedimentar um mercado alternativo

Monopolizada por uma vertente sonora quase que monocromática, reproduzida pelas dezenas de bandas do circuito comercial, a sonoridade do forró aos poucos encontra espaços e cabeças pensantes capazes de agregar novas cores, galgar novos espaços e atingir parcelas diferentes de público.

A banda "Forró das Marias" apresenta-se amanhã no Café Teatro das Marias. O grupo propõe uma sonoridade alternativa ao forró, a exemplo de grupos como "Fulô da Aurora" Foto: Rodrigo Carvalho (01/09/2012)/Adriana Pimentel/ Divulgação

Criado a partir do espetáculo de dança contemporânea "Bagaceira, Cana e Engenho", do Coletivo Vatá, amanhã, às 22 horas, no Café Teatro das Marias, o grupo "Forró das Marias" aventura-se em uma experiência de forró que mistura influências que vão das bandas cabaçais até Mastruz Com Leite, e testam os limites e a força do gênero entre um público jovem de música alternativa.

"Eles criaram um lugar de mundo genial. Releitura de bandas cabaçais, reisados, da própria obra de Luiz Gonzaga, e trazem o baião revestido de contemporaneidade. Tem gostinho de forró ´pé de serra´, mas está vestido de música contemporânea". A análise é da coreógrafa e gestora do teatro, Valéria Pinheiro, também a grande entusiasta da proposta.

"Estamos super orgulhosos da aceitação que eles tiveram na primeira apresentação (último dia 15). Eles intercalam rabeca, formações de duas sanfonas, dois pífanos. É um viés que dialoga com essa juventude", ilustra Valéria. O grupo é formado por Makito Vieira (sanfona e rabeca), Rodrigo Claudino (Banda Fulo Da Aurora), Gildazio Pereira (Cia. Vata) e Heitor Azevedo.

Choro
Para Makito Vieira, músico que costuma ser encontrado nas rodas de choro de Fortaleza, estar no palco tocando forró na sanfona e na rabeca é, de fato, algo novo.

O gênero em si, porém, para ele sempre foi uma referência e vai além das festas e das polêmicas em relação ao que é e o que não é. "Todo mundo tem seu gosto. Pode ser bom ou pode ser ruim", diz, descartando entrar no mérito sobre as bandas que hoje fazem sucesso. Embora esteja associado às casas de forró, aponta Makito, até nas rodas de choro de Fortaleza, ele sempre foi tocado. E explica: "o chorinho tem se firmado mais como estilo livre que um ritmo especifico. Em show de choro, a gente toca baião, maxixe, samba, bossa nova. O Waldir Azevedo já fazia forró".

Até algum tempo atrás, reforça, o melhor trabalho para um instrumentista de choro na cidade era acompanhar Dominguinhos. "Para a gente, ele sempre foi uma referência", diz, com orgulho.

Cena

Fora do grande circuito, o forró no Ceará congrega também bandas e artistas que se aproximam do cenário da música independente, como é o caso de Babi Guedes, Fulô da Aurora, os Zabumbeiros Cariris, Geraldo Junior, Hermano Morais. A sedimentação de uma cena alternativa em Fortaleza, no entanto, apesar da existência de espaços já antigos como o Kukukaya e o Mercado dos Pinhões, ainda é uma realidade distante. Quem avalia é o compositor e integrante da banda Fulô da Aurora, Fabiano de Cristo, hoje radicado em Juazeiro do Norte. "Em Recife tem um bom circuito, temos amigos que tocam lá toda semana, conseguem se estabelecer dentro de um mercado. Se a gente for para Caruaru, Campina Grande, São Paulo, a gente vê um grande circuito", cita.

"Então, dizer que o forró tradicional está esquecido, está se acabando, não existe. Aqui em Fortaleza é que esse circuito é muito pequeno. Chega a ser menor que no Juazeiro", avalia Fabiano.

Formada em 2007, a Fulô da Aurora trabalha um repertório autoral que parte da musicalidade das bandas cabaçais, reisados e outros grupos de tradição para fundamentar sua sonoridade. Apesar do pé calcado na tradição, Fabiano rejeita críticas à utilização de instrumentos semi-acústicos como guitarra, baixo e bateria, e argumentos de que seja essa uma contribuição maléfica da indústria musical. "Quem conhece bem o forró, vê a presença desses instrumentos em gravações de grandes mestres, como o próprio Luiz Gonzaga. Quem tocava guitarra com ele era o Zé Menezes, o Manassés já tocou com ele", argumenta. As polêmicas em relação à sonoridade do forró, explica, muitas vezes são equivocadas e tiram a atenção para o que de fato interessa.

Barreiras

Para Amélia Coelho, integrante do grupo Zabumbeiros Cariri, de Juazeiro do Norte, o que restringe trabalhos que utilizem referências sonoras diferentes do que é posto pela indústria não é estética, mas comercial. "A gente já está completando 10 anos de trabalho, gravamos apenas um disco, por conta da dificuldade de viabilizar, de fazer shows", diz. Ela denuncia que a força econômica e política que as grandes empresas produtoras do gênero possuem no Estado restringem inclusive palcos de festas públicas a bandas vinculadas a estes empresários. "O problema não é de jeito nenhum que não temos público. É de estrutura. Muitas festas pagas com dinheiro publico só abrem espaço para esse tipo de música. Nós não vamos nunca botar os pés lá, porque?", questiona.

Mesclando influências da música popular brasileira a sonoridades dos grupos de tradição da região - reisados, lapinhas, bandas cabaçais - eles enveredam por espaços alternativos como centros culturais, teatros e compondo trilhas para espetáculos, para dar sequência ao trabalho. "Sempre que a gente toca, é uma festa. As pessoas adoram, e é isso que acaba nos alimentando", sustenta.

Mais informações:

Show com o grupo "Forró das Marias". Amanhã, às 22 horas, no Café Teatro das Marias (Rua Senador Almino, 233A - Praia de Iracema). Ingresso: R$10

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 28/06/2013 às 15:31:55
 
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