O diretor do filme "Cine Holliúdy", Halder Gomes, é só alegria. Depois de uma longa campanha para divulgação do longa-metragem para o lançamento em Fortaleza, que percorreu canais de televisão, sites, blogs e redes sociais, a bilheteria de estreia do primeiro filme falado totalmente em "cearensês" deixou para trás grandes filmes blockbusters, como "Os Vingadores". Já em números gerais da primeira semana, o filme também bate outro grande sucesso: o Tropa de Elite 2, do diretor José Padilha.
"Devemos o sucesso ao carinho da população cearense, que se identificou com o filme e tomou para si como patrimônio cultural", comemora o diretor. "As pessoas assistem o filme com grandes expectativas, que são atendidas. Então, elas saem das salas encantadas e apaixonadas pelo que viram, fazendo com que ainda tenham o prazer de divulgar o filme e voltar ao cinema com outro grupo de pessoas", diz Halder Gomes.
Rejeitado por diversos festivais e desacreditado por críticos que afirmavam que o filme não teria chance em circuito comercial, o longa não só demonstrou um grande potencial para lotar as sessões dos grandes cinemas, como arrancou elogios de Fernando Meireles, diretor de filmes como "Cidade de Deus" (2002) e "Ensaio sobre a cegueira" (2008), que teceu comentários sobre o longa fazendo referência a Charles Chaplin e comparando Edilmar Filho, protagonista do filme, a Oscarito.
"Sempre acreditei no potencial do filme e, principalmente, no carisma espontâneo de Edilmar Filho, então, quando o Fernando Meireles vê e chancela isso, ele diz aquilo que eu cansei de ver no set de gravação", afirma o diretor que não esconde a satisfação pelo comentário do diretor Fernando Meireles ao citar que a cena final do filme é antológica. "Eu diria mais, é uma cena antológica para o cinema mundial", arrisca o diretor.
Filme será lançado no Brasil inteiro
No próxima dia 30 de agosto, o filme será lançado em 50 salas de cinema no norte e nordeste. "Depois, o Brasil inteiro", afirma Halder Gomes. Sobre o lançamento no sul e sudeste do País, o diretor não teme que a realidade local das regiões atrapalhe na identificação com o filme. "Já testei o filme em Bangock, e os tailandeses se amarraram. O filme também foi exibido na Mostra Internacional de São paulo, que é o público mais crítico do Brasil, e as sessões ficaram lotadas e o povo morreu de rir", argumenta. "Não é só um filme regional, é uma obra que fala para qualquer plateia e qualquer cultura", finaliza.
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