Após mais de 17 milhões de cópias vendidas por seus três primeiros discos, que lhe renderam três turnês mundiais, o que o cantor e compositor inglês James Blunt, 39, mais quer é trabalhar como se fosse ainda um cantor indie. Em termos, é claro, porque agora sua plateia está lotada, e o hit “You’re Beautiful”, que o fez globalmente famoso em 2005, segue firme no repertório dos shows. “Eu não teria por que não gostar dessa música. Foi a canção com que comecei minha carreira, e se não toco o público fica chateado”, justifica ele ao ouvir a pergunta “feita por todos”.
Para gravar Moon Landing, quarto álbum da carreira, lançado no início deste mês, Blunt brincou de voltar a ser o ex-oficial do Exército britânico que fez um disco com orçamento apertado. Por quase um ano, deixou sua vida no badalado balneário de Ibiza para gravar em Los Angeles com o produtor Tom Rothrock, que fez seus dois primeiros discos. “Esse é o álbum que eu provavelmente teria gravado se Back to Bedlam (o primeiro, de 2004) não tivesse vendido nada”, diz ele. “Havia tempo que eu não fazia isso: escrever canções pensando no que precisava dizer e não no que meu público gostaria de ouvir”.
Blunt, que já esteve por duas vezes no Brasil, em 2009 e 2012, planeja passar novamente pelo país na próxima turnê, ainda sem data definida. “Estar aí foi absolutamente a experiência mais incrível da minha vida”, conta ele, que encerra a entrevista com um “obrigado” e diz ter se encantado pela “paixão das pessoas pela música”. (da Folhapress)
|