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03/12/2013 

De hoje a 8/12, Jericoacoara recebe a quinta edição do Festival Choro Jazz

A partir de hoje, a praia de Jericoacoara recebe a quinta edição do Festival Choro Jazz, que segue até domingo, 8

Este ano aconteceu a segunda passagem do Festival Choro Jazz por Fortaleza. Parada rápida para fazer um som no Dragão do Mar antes de pegar a estrada rumo a Jericoacoara, onde o evento acontece desde 2009.

Segundo Capucho, idealizador e produtor da mostra, a escolha por Jeri se deu por uma demanda local. "Sou paulista, mas vou a Jeri desde quando a praia não tinha nem energia elétrica. Tenho muitos amigos por lá e eles sempre me perguntavam porque eu não formatava um festival para Jeri, com música instrumental de qualidade", rememora.Por sempre interagir com a cena instrumental do País, Capucho diz que o festival já nasceu grande, com nomes de peso. "Fugiu do meu controle, já", brinca. "Cresceu e se tornou algo muito maior do que eu poderia imaginar", acrescenta.

Calendário

Este ano, entre os artistas da programação (acima da média), dois nomes se destacam - um, mineirinho, violonista desde os 12, influenciado por uma família musical. Com uma fluidez inconfundível, João Bosco deslancha na década de 1970, quando estabelece parcerias que marcariam sua estética, caso de Aldir Blanc, Elis Regina e Tom Jobim. Com Aldir, compôs mais de uma centena de músicas.

No ano passado, lançou o DVD/CD "40 anos depois", em que comemorou quatro décadas de carreira. Para ele, escolheu apenas canções representativas de suas fases musicais: de "Agnus Sei", cantada pelo também mineiro Milton Nascimento, a "De frente pro crime", em que Aldir apresenta a João o Rio e ele, por sua vez, mostra-lhe como um mineiro o vê. Atualmente, João dedica-se a um disco de inéditas, que deve vir com parcerias de Aldir e de Chico Buarque.

O outro destaque é o trompetista norte-americano Terence Blanchard, cinco vezes vencedor do Grammy, o mais importante prêmio da indústria musical internacional. O primeiro deles, aliás, veio com um de seus trabalhos mais emocionantes: "A Tale of God´s Will (A Requiem for Katrina)", um tributo ao processo de reestruturação que New Orleans, onde nasceu e se criou, ainda vivia, após quatro anos da passagem do furacão Katrina (2005). Inicialmente, Blanchard foi convidado pelo diretor Spike Lee para compor a trilha sonora do documentário "When The Leeves Broke: A Requiem in Four Acts", um registro de quatro horas de duração sobre o caos que se instalou na cidade após o desastre natural.

O resultado do trabalho foi tão gratificante para Blanchard que o músico resolveu gravar um álbum com base nas músicas que compôs para a película. Como parte dos músicos de seu quinteto também são naturais de New Orleans, achou justo reunir também composições deles.

Blanchard é reconhecido como um dos nomes do neo-bop, um renascimento do jazz na década de 1980, e por seu talento para a composição de trilhas sonoras, para filmes e espetáculos da Broadway.

Hoje, apresenta-se justamente Terence Blanchard e seu quinteto. Antes, porém, o violão virtuoso do cearense Nonato Luis se une ao pianista Túlio Mourão. Mineiro de Divinópolis, Túlio possui uma rica trajetória dentro da Música Popular Brasileira. Na fase do rock progressivo nacional, integrou os Mutantes. Em seguida, tocou com grandes intérpretes, como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Chico Buarque, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, entre outros.

Amanhã, compartilham o palco, mais uma vez, a flauta e o saxofone de Mauro Senise e o piano de Gilson Peranzzetta. Comemorando mais de 20 anos de parceria, Gilson e Mauro registraram seus trabalhos em sete discos, o primeiro, "Uma parte de nós", data de 1991. Em Jericoacoara, o duo leva ao público um recorte de sua produção, sempre repleta de brasilidade, e muito improviso, uma marca da dupla.

Ao longo da semana, apresentam-se ainda Luciana Rabello - a primeira mulher a tocar profissionalmente o cavaquinho, acompanhada de seu quarteto; a pianista e compositora paulista Louise Wooley, de apenas 27 anos; e o acordeom veloz do gaúcho Renato Borghetti.

Dedicação

"A gente precisa se esforçar para alimentar as pessoas com nossa cultura. É muito feio respirar apenas cultura alheia, o que as grandes produtoras nos enfiam goela abaixo. A gente tem que mostrar a música brasileira de fato", defende Capucho. Para ele, o principal papel do festival é servir de vitrine para a música instrumental brasileira, produzida com maestria por todo o Brasil e pouco reconhecida em seu próprio torrão.

"Não se trata apenas de formação de plateia para os brasileiros, mas também para os gringos, que chegam aqui achando que o Brasil, a música brasileira, é só mulher rebolando ao som de uma coisa que uma criança de dois anos tocaria", afirma. "Pelo contrário, nossa música é a mais bonita do mundo. Já viajei muito e tenho orgulho de falar da nossa diversidade rítmica. É isso que queremos para o Choro Jazz", finaliza o produtor.

Segundo Capucho, não faria sentido promover um festival no País sem incluir um gênero originalmente brasileiro. Neste caso, escolheu o choro, que se assemelha ao jazz por congregar dois aspectos que parecem paradoxais: complexidade e organicidade, já que exige empenho para ser executado, mas, por outro lado, leva naturalmente a improvisações. "Agora, não é por que o festival é de choro e jazz que nos fechamos tão somente nesses gêneros. Por exemplo: já encerrei o festival com a bateria da Portela. Então, o importante é ter algo de Brasil", reforça.

Capucho, no entanto, ressente-se da falta de apoio. "Este ano, o festival correu o risco de não acontecer. Geralmente, quando promovo uma edição, já penso na outra. Começo a planejar a próxima logo após o encerramento. Contudo, algumas parcerias só foram fechadas aos 48 do segundo tempo, entende? Fora os que fecharam as portas. É decepcionante ver que, por exemplo, tantos estrangeiros se estabelecem em nosso país e não se dispõem a apoiar um projeto assim", desabafa.

Não satisfeito com a promoção de atividades formação apenas durante o período do festival, em janeiro de 2012, a organização fundou a Escola Choro Jazz Jericoacoara, que ministra aulas semanais de diversos instrumentos a jovens da comunidade. Bateria, percussão e instrumentos de sopro são algumas das modalidades oferecidas. O conjunto Bandão Choro Jazz, resultado do trabalho da escola, abre, no sábado, dia 7, o show de João Bosco.

"Assim como o festival, temos mantido a escola na raça, catando nos bolsos para pagar os professores. Para isso, vou contando com a ajuda dos músicos que vêm pro festival. Por exemplo, tem um pessoal dos Estados Unidos que está trazendo acordeom, xilofone. Isso aqui é isso: uma corrente do bem. Quem quiser fazer a diferença, pode chegar", afirma. Durante a programação, músicos são convidados para promover outras oficinas, que reforçam o trabalho da escola: choro, violão, clarinete, prática de conjunto e canção brasileira são algumas delas.

Quem tiver interesse em participar, basta inscrever-se pelo e-mail (info@chorojazz.com) e doar um livro para a biblioteca de Jeri e um instrumento musical para a Escola Choro Jazz.

SAIBA MAIS

Hoje, dia 3

21h - Nonato Luis e Tulio Mourão
22h30 - Terence Blanchard Quinteto

Amanhã, dia 4

21h - Gilson Peranzzetta e Mauro Senise
22h30 - Sizão Machado Sexteto

Quinta-feira, dia 5/12

21h - Luciana Rabello
22h30 - Laércio de Freitas Quarteto

Mais informações:

5º Festival Choro Jazz, na praça principal de Jericoacoara. De hoje a 8 de dezembro. Gratuito. Inscrições para oficinas e programação no site: www.chorojazz.com

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 03/12/2013 às 11:26:38
 
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