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Notícias

09/12/2013 

Lulu e Tubby: aplicativos abrem debate sobre limites na internet

Aplicativos que avaliam perfis de homens e mulheres criam polêmica na Internet. Até onde é possível expôr a intimidade de cada um? Nessa questão, há de fato igualdade entre os sexos?

Especial

Assunto que vem dividindo opiniões entre os usuários, os aplicativos para smartphones Lulu e Tubby deixaram de ser apenas uma inocente brincadeira "Garotas versus Garotos" e passaram a levantar questões de gênero bem mais profundas e que mais uma vez batem na tecla da igualdade entre os sexos.

Depois das redes sociais, a vida pessoal está cada vez mais exposta e os relacionamentos amorosos/sexuais não estão fora da regra, fazendo com que fofocas íntimas caiam na rede. O aplicativo Lulu, criado pela advogada sul-africana Alexandra Chong, foi o pivô de toda a essa recente euforia. Isso porque, ligado ao Facebook, permite às meninas avaliar anonimamente, por meio de notas e hashtags (boas ou ruins), os perfis sexuais e afetivos dos garotos.

O que começou como uma brincadeira entre amigas, passou a circular nas redes sociais como uma forma de "objetificação do homem" e vingança feminina, que teria como objetivo apenas denegrir a imagem dos avaliados. Pelo menos é o que alguns alegam, sentindo-se incomodados com toda essa invasão de privacidade, já que o perfil é criado sem "pedir licença" aos homens. Por outro lado, há quem não ligue e até goste de receber um #JáAcordaLindo ou #SemMedoDeSerFofo.

O jornalista Lucas Dantas, 23, é um dos que encararam a avaliação no aplicativo como brincadeira. "Senti curiosidade em saber como tinham me avaliado e até me diverti ao descobrir o que algumas pessoas acham de mim. No final, havia erros e acertos, como é na vida real, mas levei numa boa", conta, em entrevista.

Ele ainda diz que não acredita que as meninas tenham avaliado ninguém como forma de vingança. "Francamente, achei que elas estavam apenas se divertindo e aproveitando a oportunidade para dizer o que só diziam dentro do banheiro feminino", brinca.

Gera crise?

Contra o aplicativo, Rayssa Cândido, 22, acredita que o Lulu pode, sim, causar crise no relacionamento. "Como a identidade da pessoa que avaliou não é revelada, existem mentiras que podem prejudicar. Sem contar que as avaliações tratam de coisas muito pessoais dos homens e isso intrigou muitas mulheres que namoram", opina.

A estudante de psicologia Stephanie Brok, 19, passou por uma situação constrangedora. Ao entrar no aplicativo, viu que além de sua avaliação, o namorado tinha mais duas. "Uma menina o avaliou alegando que eles estavam juntos, ou seja, insinuando que ele estava me traindo. Na hora deu aquela pontinha de raiva, mas no fundo sabia que ele não seria capaz disso. Levamos uma vida de casados e confiamos um no outro. Pensei bem e comecei a rir da situação. Foi aí que confirmei minha reprovação pelo aplicativo", conta.

A estudante acredita que avaliar qualquer pessoa por notas ou por sua performance sexual é um "comportamento deplorável". "É hipocrisia julgar os homens que falam das mulheres e então baixar o Lulu e ficar ´metendo o pau´ em todos os meninos".

Aos 18 anos, apesar de nunca ter acessado o aplicativo, Lígia Arcanjo também não é à favor do Lulu. "Uma amiga baixou e, ao acessar o perfil do namorado, encontrou observações e adjetivos nada agradáveis. Acabou prejudicando não só a relação, mas a vida social de ambos", opina.

Ainda assim, a estudante confessa que o aplicativo é "uma ótima forma de vingança feminina". "Mas não acho que se vingar de alguém vá mudar a situação", completa.

Lígia ainda acredita que há uma diferença moral entre avaliar homens e mulheres. "As mulheres, querendo ou não, são extremamente julgadas na sociedade. Se alguma recebe comentários ´nada agradáveis´ , a vida dela ficará marcada tanto no lado pessoal, como no profissional".

O publicitário Felipe Pacheco, um dos responsáveis pela tradução do Lulu no Brasil, não se sente ofendido e diz que o app é até divertido/ Lígia Arcanjo confessa que o ´app´ é uma forma de vingança/ Rayssa Cândido é contra as avaliações do Lulu

O polêmico Tubby

Em oposição ao Lulu, a iminência do surgimento de um novo aplicativo, o Tubby, que avaliaria as mulheres, gerou intensa polêmica na última semana. A comoção foi geral. De um lado, homens que encaravam a ideia como uma vingança sexual "pesada", sugerindo até hashtags obscenas e, do outro, mulheres e homens indignados com tal possibilidade.

Em Minas Gerais, a Justiça chegou mesmo a proibir o aplicativo no Brasil. Na quinta-feira passada, porém, os "criadores" do Tubby revelaram em um vídeo (disponível no QR Code), que tudo não passou de uma "pegadinha"; uma forma de criticar essa invasão de privacidade e exposição da intimidade homem/mulher, além da violência contra o sexo feminino.

Ainda assim, a discussão não se invalida. Segundo o publicitário paulistano Felipe Pacheco, que, junto com a namorada, Débora Corrano, foi responsável pelas traduções de toda a plataforma do Lulu no Brasil, ambos os aplicativos têm tido papel importante nesse debate. "Eles fizeram a gente conversar sobre temas como igualdade e privacidade. A reflexão está relacionada a fazer gente que nunca falou sobre feminismo falar um pouco, entender melhor, e gente que nunca viu os problemas de se expor demais também ver um pouco desse lado", avalia.

Para o publicitário, que tem mais de 20 avaliações no Lulu e partilha o pensamento com a namorada de que tudo não passa de brincadeira, afinal, todo mundo tem um passado, avaliar mulheres e homens teria uma enorme diferença, sim.

"São vários os problemas de se criar um app de avaliação das mulheres. São elas que sempre sofrem preconceito no dia a dia. Enquanto um aplicativo como o Lulu pode, de certa forma, dar poder às mulheres, um aplicativo como o que o Tubby se propunha a ser poderia se transformar em mais uma arma para reforçar o machismo. Outro ponto importante é que as hashtags esperadas eram todas relacionadas com sexo, e aí a mulher nunca sai ganhando. Para a sociedade em geral, se a mulher não recebesse nenhuma hashtag que falasse de um bom desempenho sexual, seria considerada santinha, sem sal, o que é ruim; se ela recebesse alguma falando o que gosta de fazer na cama, seria p***; se ela sai do aplicativo, é ´arregona´. Ou seja, é uma situação onde ela nunca ganha. O que tá longe de acontecer com os homens no Lulu. Essa é a maior diferença nas duas ideias", finaliza.

Entrevista

Especialista, advogado Renato Cruz analisa o aplicativo Lulu

Até onde a pessoa que se sente ofendida pelo app Lulu pode reclamar judicialmente?

Aquele que se sentir prejudicado pelos comentários e avaliações anônimos feitos no app pode procurar o Poder Judiciário para obter a reparação dos danos morais em forma de indenização. Além disso, deve-se atentar que o Ministério Público e algumas associações têm tomado iniciativas e proposto ações no sentido de suspender esse aplicativo.

Na Internet, advogados ora defendem o aplicativo Lulu, dizendo que ele é legal, ora dizem que ele fere a Constituição Brasileira. Como você se posiciona?
Vejo que o aplicativo Lulu colide com a Constituição Brasileira, especialmente na parte em que consagra a imagem e a intimidade como Direitos Fundamentais (art. 5º, X), já que não buscou autorização das pessoas avaliadas para incluí-las em seu banco de dados.

As pessoas que avaliam as outras com hashtags preconceituosas ou depreciativas podem ser processadas? Como fica, também, a empresa responsável pelo app Lulu e o Facebook, ao permitir compartilhamento de dados de seus usuários?

Em virtude do anonimato garantido pelo app, dificilmente as pessoas que avaliam maliciosamente as outras poderão ser responsabilizadas. E exatamente por propiciar intencionalmente esse ambiente que possibilita danos à imagem e à moral, bem como por lucrar com isso, a empresas criadora deve ser obrigadas a reparar os prejuízos. Já o Facebook ingressa nessa cadeia de responsabilidade civil por ter fornecido indevidamente em massa os dados e a imagem utilizados pelo app.

Antes do Lulu, que outros casos envolvendo a Internet e ligados à exposição e assédio moral chegaram até a Justiça Brasileira?

Um dos casos mais famosos de exposição que quase levou à proibição de um aplicativo no Brasil foi o embate entre Daniela Cicarelli e o YouTube. Por conta da divulgação de um vídeo no qual a artista foi flagrada em cena tórrida com o namorado em uma praia, chegou a ser determinada a suspensão do funcionamento do site. O YouTube logo conseguiu a reversão da decisão e terminou vitorioso no processo.

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 09/12/2013 às 11:24:12
 
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