Os cearenses Edmilson Filho e Halder Gomes – do sucesso nacional “Cine Holliúdy” – venceram o Prêmio QUEM 2013 nas categorias de melhor ator e diretor de cinema, respectivamente. A melhor atriz de cinema escolhida foi a já renomada Glória Pires. Nesta terça-feira (11), no Rio de Janeiro, acontece a cerimônia de entrega do prêmio. A revista Quem realiza uma enquete todos os anos na qual o público escolhe os melhores do cinema, música, teatro, TV, entre outras.
O filme cearense inspirado no curta-metragem “Cine Holliúdy – O Astista Contra o Caba do Mal” estreou em outubro de 2013 e teve a maior bilheteria do Brasil em relação ao número de cópias. O longa-metragem conta a história de Francisgleydisson: um pai de família apaixonado pela sétima arte em uma cidade no interior do Ceará nos anos 70. Ele tenta montar um cinema e fazer dele um grande negócio enquanto a TV se populariza na cidade.
Aos 37 anos, Edmilson começou a carreira com espetáculos de stand up comedy e o filme é seu primeiro trabalho de projeção nacional. “Esse prêmio chegou para selar meu trabalho de ator e o reconhecimento do publico através do voto popular e o sucesso do Cine Holliudy”, disse o cearense feliz pela vitória na premiação.
Com diversas referências à cultura cearense, incluindo o amplo vocabulário “cearencês” que pode parecer um idioma a parte, Cine Holliúdy cativou o público o nordestino que encontrou ali as suas raízes. O filme também despertou a curiosidade do público do sul e sudeste que tinha o auxílio de legendas em português padrão para acompanhar o tal do “cearencês”.
O diretor Halder Gomes foi o responsável por essa agitação no cinema nacional. Halder revisitou suas memórias da infância no município de Senador Pompeu, a 275 km de Fortaleza, para filmar o longa que, além das referências bem humoradas ao contexto nordestino, se inspira nas artes marciais e na história do cinema pra contar sua história. O diretor ainda tem em seu currículo diversos curtas-metragens e o filme As Mães de Chico Xavier (2011). Sobre a premiação, o diretor afirmou com orgulho: “[Estou] muito feliz por poder entrar pra história cultural do nosso estado, poder ser ‘embaixador’ da nossa cearensidade e escrever uma linda página no cinema nacional.”
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