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Notícias

27/03/2014 

Religiosidade marca obras da mostra coletiva Trajetórias, em cartaz no Espaço Cultural Unifor

 Entre os diferentes tipos de manifestações culturais, as artes visuais sempre ocuparam lugar de destaque, especialmente pela possibilidade de reprodução icônica do mundo concreto.

Em tempos quando pintura, desenho, gravura e escultura eram técnicas utilizadas para representar coisas e fatos do mundo, nada mais natural que as artes plásticas fossem voltadas ao figurativismo.

Mas como nem só de mundo concreto faz-se o universo humano, inexoravelmente ligado a uma dimensão espiritual, é inevitável o uso dessas técnicas para expressar e celebrar as diferentes crenças de uma sociedade - da utilidade mágica que homens das cavernas atribuíam às suas pinturas rupestres até grandes obras de arte sacra. No âmbito do cristianismo, predominante em parte significativa do mundo, sobressai-se a apropriação das artes visuais por parte da Igreja Católica, no sentido de difundir e perpetuar dogmas e ideais. Se durante longos períodos da história ocidental a religião ocupou papel central na vida das sociedades, não é de se espantar que predominasse também nas artes visuais.

São milhares os exemplos de peças dedicadas à temática religiosa, em diferentes momentos da história da arte - as mais famosas elaboradas por grandes nomes como Michelangelo, Rafael, Botticelli e Leonardo da Vinci. Tal associação revelou-se especialmente frutífera em períodos como Idade Média e Renascimento.

À medida, porém, que a vida em sociedade deixava de ser primordialmente ditada pelos dogmas da Igreja, as artes visuais igualmente se afastavam dos temas religiosos. No século XVIII, o Iluminismo emerge e se encarrega de modificar essas relações, ao combater as tradições medievais e colocar a razão como fundamento da experiência humana, em detrimento da fé.

Ainda assim, ao longo dos séculos a religião nunca deixou de desempenhar papel relevante na existência humana em coletividade. No universo das artes visuais, acompanhou as transformações e sucessivos movimentos estéticos, reaparecendo a partir de diferentes propostas e posicionamentos filosóficos, morais e poéticos, entre outros. Na exposição "Trajetórias - Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz", a presença de peças com temáticas religiosas deixa clara essa diversidade de abordagens.

No núcleo Contemporâneo, por exemplo, uma das peças em destaque é a xilogravura "Altar de Luz" (2011), do artista cearense Francisco de Almeida. A peça mistura elementos como velas, anjos, santo e as figuras de Jesus Cristo e Virgem Maria, envoltos em um ambiente de nuvens e fumaça, que lembra a atmosfera dos sonhos, do fantástico, enquanto a estética remete à cultura popular. Nas alegorias de Francisco, é comum a presença de figuras ora reais, como os beatos, o homem sertanejo e a caatinga; ora derivadas do mundo místico, como santos e anjos.

Da mesma maneira, no núcleo Origem a tela "Gabriel oculta nome de Tobias" (1964), de Raimundo de Oliveira, apresenta os traços simples mas repletos de personalidade da arte naïf. Na peça, o gravador, pintor e desenhista baiano elabora figuras em cores vibrantes, que parecem esculpidas na tela, ao lembrar a estética da xilogravura. A tela aborda a relação entre sagrado e profano.

No mesmo núcleo, a tela "Anjo", de Djanira da Motta e Silva, também apresenta a estética naïf, na figura de uma mulher com asas. Embora figurativos, os dois trabalhos distanciam-se da representação exata do mundo concreto, característica das obras de temática cristã nos séculos passados. No núcleo Modernismo, outras duas telas apresentam temáticas religiosas. Na escultura "Viagem oriental ou madonina" (Déc. 1920-1930), Victor Brecheret faz uma releitura da tradicional Madona - como é chamada a representação da Virgem com o Menino Jesus. Já "Religião brasileira IV" (1970) integra uma série de Tarsila do Amaral que mistura flores e santos católicos.

A pintora teve a ideia quando, um dia, avistou numa casinha de pescadores um pequeno altar com vários santinhos enfeitados por vasinhos e flores de papel crepom. Achou o conjunto tão pitoresco que decidiu pintá-lo.

Mais informações

Exposição "Trajetórias - Arte brasileira na coleção Fundação Edson Queiroz". No Espaço Cultural Unifor (Av. Washington Soares, 1321, Edson Queiroz). Aberta à visitação, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, sábados e domingos, das 10h às 18h. Estacionamento grátis. Contato: (85) 3477.3319

Fonte: Diário do Nordeste
Última atualização: 27/03/2014 às 10:44:02
 
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