Num futuro próximo, a Terra está completamente destruída após a guerra entre a maioria dos humanos contra os mutantes, que agora são parte de uma raça às vésperas da extinção. A única maneira de salvar o que resta do planeta é voltar ao passado e evitar o acontecimento que desencadeou a devastação. Este é o conflito que desencadeia o enredo de "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido", sétimo filme da franquia mutante, que tem estreia nacional na quinta-feira, dia 22.
O escolhido para a missão é Wolverine (Hugh Jackman, mais bombado do que nunca). Por ser o único mutante com a capacidade de se curar rapidamente de qualquer ferimento, Logan se oferece para voltar no tempo e prevenir o apocalipse que ameaça os mutantes do futuro. "Wolverine se vê, pela primeira vez em muito tempo, como membro integrado da equipe dos X-Men. Já sabe lidar com o fato de que a raiva é sua maior arma. É um guerreiro em paz consigo mesmo", analisou Jackman, em entrevista.
Poder viajar no tempo é um componente fundamental dos quadrinhos e do longa, mas Bryan Singer (de volta à direção da saga dos mutantes, após comandar os dois primeiros filmes, de 2000 e de 2003) acha que "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" lida com esse componente de forma não convencional. "A diferença é que não mandamos ninguém para o passado, não fisicamente", explica. Na trama, Kitty Pride (Ellen Page) usa seus poderes para enviar a consciência de Wolverine à década de 1970, para que ele possa tentar impedir que os mutantes sejam destruídos pelas sentinelas. Assim, durante o processo ao qual Logan se submete, fatos podem acontecer nas duas épocas ao mesmo tempo.
Origens
O novo filme junta os mutantes veteranos, da trilogia inicial, com a geração apresentada em "X-Men - Primeira Classe" (2011). A base é um arco de histórias publicadas nos quadrinhos. Escrita por Chris Claremont e desenhado por John Byrne - uma das equipes mais célebres da vida editorial da equipe liderada por Charles Xavier -, a saga apresenta um futuro em que os mutantes são mantidos em campos de concentração. A história foi publicada nos EUA em 1981, nos números 141 e 142, da revista "Uncanny X-Men" (Marvel Comics). No Brasil, saiu com o mesmo título do longa, cinco anos mais tarde, na revista em formatinho "Superaventuras Marvel", edições 45 e 46 (Editora Abril); e, em 2007, foi incluída entre as histórias da coletânea "Marvel 40 Anos no Brasil" (Panini). A Panini, aliás, prometeu uma versão encadernada da história para esse ano, mas ainda não divulgou a data de lançamento.
Com colaboração de Jane Goldman (roteirista de "X-Men: Primeira Classe") e de Matthew Vaughn (diretor e corroteirista de "X-Men: Primeira Classe"), o roteiro de "Dias de Um Futuro Esquecido" é assinado por Simon Kinberg, que conseguiu amarrar os eventos dos longas da franquia (até dos filmes-solo do Wolverine) com os acontecimentos desta sequência, inclusive acobertando alguns problemas mais sérios da produção, como a falta de mais ação e de algum confronto entre mutantes (todas as batalhas são entre os super-seres e os Sentinelas, os indestrutíveis ciborgues criados para perseguir os mutantes).
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