Os bancários do Ceará se reúnem novamente em assembleia na próxima segunda-feira, dia 29/9, a partir das 19h, para organizar a greve que se inicia às 00h00 da terça-feira, 30/9, aprovada por unanimidade em assembleia realizada na última quarta-feira, 24, na sede da entidade.
Conforme orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os sindicatos de bancários em todo o País realizaram assembleias também na noite desta quinta-feira (25), rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na última sexta-feira (19) e decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (30).
Ao final de todas as assembleias, a Contraf-CUT enviou ofício à Fenaban comunicando a decisão da categoria e se colocando à disposição "para a retomada das negociações visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária, que poderá ser apreciada pelas novas assembleias que os sindicatos realizarão na próxima segunda-feira, 29 de setembro".
Propostas insuficientes
O Comando orientou a rejeição das propostas dos bancos, por considerá-las insuficientes. A Fenaban propõe reajuste de 7% nos salários (0,61% de aumento real) e 7,5% no piso (1,08% acima da inflação), dentre outros itens. O modelo de pagamento da PLR é o mesmo do ano passado, apenas com o reajuste de 7% nos valores.
A categoria reivindica um reajuste de 12,5%, piso do Dieese (R$ 2.975,49) e PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247, dentre outras demandas econômicas, assim como avanços no emprego e nas condições de saúde, segurança e trabalho, além de igualdade de oportunidades.
Além disso, os bancários querem o fim das demissões imotivadas, da rotatividade e das terceirizações, bem como o fim das metas abusivas, do assédio moral e das discriminações, além de mais segurança contra assaltos e sequestros, entre outros pontos.
Os bancos que atuam no Brasil continuam tendo a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional. Somente os seis maiores tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano, sobretudo pelo empenho e à produtividade dos bancários. Mas os banqueiros só valorizam os altos executivos e não querem atender as reivindicações da categoria.
Os resultados das assembleias
Conforme informações enviadas à Contraf-CUT até as 22h30 desta quinta-feira, as propostas dos bancos foram rejeitadas e a greve nacional foi aprovada a partir do dia 30 por tempo indeterminado pelas assembleias dos sindicatos de:
São Paulo
Rio de Janeiro
Brasília
Belo Horizonte
Curitiba
Porto Alegre
Florianópolis
Campo Grande
Pernambuco
Alagoas
Bahia
Piauí
Paraíba
Ceará
Pará
Amapá
Rondônia
Roraima
Acre
Mato Grosso
Espírito Santo
Sergipe
Rio Grande do Norte
Andradina (SP)
Campinas (SP)
Franca (SP)
Jaú (SP)
Marília (SP)
Piracicaba (SP)
Santos (SP)
São Carlos (SP)
São José do Rio Preto (SP)
Sorocaba (SP)
ABC (SP)
Araraquara (SP)
Assis (SP)
Barretos (SP)
Bragança Paulista (SP)
Catanduva (SP)
Guarulhos (SP)
Jundiaí (SP)
Limeira (SP)
Mogi das Cruzes (SP)
Presidente Prudente (SP)
Vale do Ribeira (SP)
Apucarana (PR)
Arapoti (PR)
Guarapuava (PR)
Cornélio Procópio (PR)
Londrina (PR)
Paranavaí (PR)
Umuarama (PR)
Juiz de Fora (MG)
Joaçaba (SC)
Chapecó (SC)
Uberaba (MG)
Angra dos Reis (RJ)
Baixada Fluminense (RJ)
Campos de Goytacazes (RJ)
Petrópolis (RJ)
Sul Fluminense (RJ)
Três Rios (RJ)
Itaperuna (RJ)
Teresópolis (RJ)
Macaé (RJ)
Campina Grande (PB)
Rondonópolis (MT)
Barra das Garças (MT)
Dourados (MS)
Itabuna (BA)
Vitória da Conquista (BA)
Extremo Sul da Bahia (BA)
Camaçari (BA)
Feira de Santana (BA)
Ilhéus (BA)
Irecê (BA)
Jacobina (BA)
Jequié (BA)
Juazeiro (BA)
Naviraí (MS)
Ponta Porã (MS)
Alegrete (RS)
Vale do Paranhana (RS)
Toledo (PR) aprovou estado de greve.
Notícia atualizada às 22h30 de 25/09/2014
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