 A adesão dos bancários cearenses à greve da categoria está cada dia mais forte. Nesta quarta-feira, 1º/10, no segundo dia da paralisação, estiveram paralisadas 329 agências das 527 existentes em todo o Estado, o que representa 62,42% de adesão. O crescimento é visível pelos vários corredores bancários de Fortaleza, bem como no Interior. A adesão massiva é de dentro pra fora, cabendo aos bancos privados um registro de destaque nesta greve no Ceará.
A adesão dos bancários, principalmente, do Itaú, Santander e HSBC que são membros importantes da mesa de negociação da Fenaban, fortalece a luta da categoria pela reabertura das negociações e arrancar uma proposta decente dos bancos e governo, na campanha salarial deste ano.Todas as agências do Santander e HSBC fecharam 100%.
É forte também a adesão dos bancários da Caixa, Banco do Brasil e Banco do Nordeste, mas em unidades do BB e da Caixa que mantinham alguns serviços funcionando, receberam a intervenção da comissão de esclarecimento do Sindicato e paralisaram totalmente.
 Em conversa com os trabalhadores, o diretor do Sindicato, Marcos Saraiva, lembrou mais uma vez que “a greve já começou forte, mas precisamos intensificar ainda mais nossa mobilização, pois os banqueiros apostam na nossa desmobilização e isso não vamos deixar”, disse.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, “a greve está forte e há espaço para crescer ainda mais. Os bancos públicos e privados estão firmes na luta em defesa das suas reivindicações e, ainda, em busca da reabertura das negociações. Só fortalecendo ainda mais nosso movimento, vamos avançar nas conquistas”.
Expectativas
Nesta quarta-feira, dia 1º/10, nos principais corredores bancários da Capital, as agências não abriram e funcionaram apenas os caixas eletrônicos. Com isso, ante ao fortalecimento da greve, a expectativa dos bancários é aumentar a pressão por uma imediata reabertura de negociação com os banqueiros e governo. Aos clientes foram distribuídos panfletos mostrando as razões da paralisação e cartazes de “Bancários em Greve” foram afixados em todas as agências.
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