Pela falta de garantias aos funcionários da Gerência Regional de Comércio Exterior, do Banco do Brasil em Fortaleza, com a área operacional extinta, o Sindicato dos Bancários do Ceará e os funcionários envolvidos no processo de reestruturação, fizeram nesta quarta-feira, dia 26/11, paralisação de duas horas da unidade. Os trabalhadores do setor informam que a Gecex já está esvaziada, sem operações e que o serviço hoje se resume ao arquivamento de documentos.
Após várias negociações com o BB, as entidades sindicais - Contraf-CUT e Sindicatos, conseguiram o adiamento do prazo da reestruturação para 12 de janeiro. Mas, contrariando a decisão do próprio banco, o novo prazo estipulado nas negociações não tem sido acatado pelos gestores, que têm continuado o processo em ritmo, inclusive, mais acelerado.
Para o presidente do SEEB/CE, Carlos Eduardo Bezerra, “ mais uma vez em paralisação dos funcionários do BB, que atuam na Gecex, estamos na luta em defesa, não somente dos trabalhadores, dos seus direitos, da sua remuneração, da sua carreira, da sua lotação de trabalho, mas em defesa do Ceará. Lutamos em defesa do desenvolvimento e do apoio aos pequenos e médios empreendedores, que ajudam a fortalecer a renda do nosso estado. Lutamos pelo não esvaziamento da atuação da gerência de comércio exterior local , que concentrará essa atuação no Sul e no Sudeste”.
BUSCANDO APOIO
O Sindicato continua na luta contra a extinção do órgão local e conquistou a realização de mais uma audiência pública, desta vez na Assembleia Legislativa, por solicitação dos deputados Lula Morais (PCdoB) e Camilo Santana (PT), governador eleito do Ceará, para debater os prejuízos que o fechamento da Gecex causa ao Estado. Do Governador eleito também está sendo cobrado que faça contato com a presidência do BB, no sentido de evitar o encerramento da Gecex na capital cearense, já que este é um dos órgão importantes para alavancar as exportações e, consequentemente, a economia do Estado.
“Estamos numa trincheira de resistência para proteger o interesse dos trabalhadores e da nossa luta pelo fortalecimento da economia do Estado do Ceará, hoje com forte atuação no comercio exterior, com apoio da Gerência Regional de Apoio de Comércio Exterior do Banco do Brasil. Sua extinção trará prejuízos muito grandes”, disse Carlos Eduardo.
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