Na reunião da Mesa Temática de Segurança Bancária com a Fenaban, realizada na segunda-feira, dia 13, a Contraf-CUT, federações e sindicatos debateram o andamento do projeto piloto de segurança bancária e sua ampliação. Reivindicaram a abertura remota das agências ou a contratação de empresa para a guarda das chaves e ainda a ampliação do projeto piloto de segurança nas agências de negócio e localizadas em Shoppings.
Pesquisa - A Fenaban, na ocasião, apresentou a estatística semestral de assaltos a bancos referentes ao segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015. Segundo a Fenaban, os números de "assaltos consumados" foram: 385 no segundo semestre 2014 e 191 no primeiro semestre de 2015. Em 2013 o total de assaltos foi de 449, por regiões os números são os seguintes:
Nordeste - 43 assaltos no segundo semestre de 2014 e 40 no primeiro semestre de 2015
Norte - 19 assaltos no segundo semestre de 2014 e 10 no primeiro semestre de 2015
Sul - 26 assaltos no segundo semestre de 2014 e 23 no primeiro semestre de 2015
Sudeste - 114 assaltos no segundo semestre de 2014 e 113 no primeiro semestre de 2015
Centro-Oeste - 1 assalto no segundo semestre de 2014 e 5 no primeiro semestre de 2015
Avaliação dos bancários
"Na nossa avaliação, a estatística apresentada pela Fenaban não corresponde à realidade. Os dados são conflitantes com os que temos. Segundo informações que dispomos, para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2015 no Ceará ocorreram 11 assaltos, em Pernambuco 31", afirma Gustavo Machado Tabatinga Júnior, secretário de políticas sociais da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.
Ampliação do projetos de segurança bancária
A Fenaban respondeu positivamente à reivindicação dos bancários de realização de dois novos projetos de segurança bancária, nos moldes da experiência realizada em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Porém, ficaram de consultar os bancos sobre o acréscimo de itens de segurança não testados nestas localidades, como é o caso dos Pabs e Agências de negócios e as localizadas nos shopping centers.
Serão implementados mais dois projetos, um em Belo Horizonte, por indicação da Contraf-CUT e outro em localidade a ser definida pela Fenaban. A data para o início dos projetos ainda não foi definida. 'Queremos caminhar para a construção de um projeto que seja definitivo e estabelecer cronograma para a implementação em todo o País" destaca Gustavo Tabatinga.
A escolha de Belo Horizonte amplia o projeto e pode fazer a cidade avançar nesta questão. Em Minas há uma lei estadual que não é cumprida, será a oportunidade de colocar esse debate para a sociedade e aumentar a segurança para os bancários, vigilantes e clientes.
Cobradas mudanças no projeto experimental
Durante a reunião, os bancários cobraram mudanças no projeto experimental de Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Segundo José Rufino, da Fetrafi Nordeste, a ausência de uma cobertura global, que inclua agências de negócios, pabs e unidades localizadas em shoppings centers tem prejudicado seriamente o projeto e fragilizado a segurança: "O Ministério Público deu quinze dias, a partir do dia 5 de julho, para a Fenaban e 30 dias para Prefeitura para que elas voltem a fiscalizar essas agências" afirmou Rufino.
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