Pauta entregue. Está oficialmente iniciada a Campanha Nacional Unificada 2015. No início da manhã desta terça-feira 11, o Comando Nacional dos Bancários entregou à Federação dos Bancos (Fenaban) a pauta de reivindicações da categoria. Durante a reunião, na sede da Fenaban, em São Paulo, também foram entregues as pautas específicas às direções do Banco do Brasil e da Caixa Federal. A primeira rodada será dia 19 e vai debater a prioridade dos bancários: emprego.
A pauta de reivindicações entregue aos bancos foi votada e aprovada na 17ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada entre os dias 31 de julho e 2 de agosto, com a participação de 635 trabalhadores eleitos em assembleias por todo o Brasil.
Os três maiores bancos privados do País (Itaú, Bradesco e Santander) já anunciaram os resultados para o primeiro semestre do ano: são R$ 24 bilhões – crescimento de 22,3% em relação a 2014 – e nem estão contabilizados BB e Caixa, que ainda não divulgaram seus balanços (no primeiro trimestre lucraram mais de R$ 3 e 1,5 bi, respectivamente).
“Não há crise no setor financeiro brasileiro e os bancários vão para a Campanha 2015 com essa certeza", afirma o presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto Von der Osten.
Ele reforçou a preocupação da categoria em todo o Brasil com o emprego: “nesta campanha, todo discurso da Fenaban é que o impacto da redução dos postos de trabalho é atribuído à saída dos trabalhadores sem substituição nesses postos. O crescimento do sistema financeiro é muito grande. Nos interessa nesse processo debater a precarização do trabalho por terceirização e também o desemprego", concluiu.
Principais reivindicações da categoria em 2015
Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
PLR: 3 salários mais R$7.246,82
Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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