O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, participou de audiência pública promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor, na Assembleia Legislativa do Ceará, durante a tarde do dia 27/8, para discutir excessos, por parte de instituições financeiras, na estipulação de valores de tarifas de serviços e percentuais, além da metodologia de cálculo de juros. Antes, o assunto foi amplamente debatido no Plenário da Casa.
A audiência atendeu a requerimento dos deputados Odilon Aguiar, presidente da Comissão, Roberto Mesquita (PV) e Joaquim Noronha (PV), que demonstraram preocupação em encontrar alternativas para a questão que aflige e onera a população. Participaram do evento ainda representantes dos bancos Santander, Safra, HSBC, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNB, além de representantes do Procon Fortaleza, Decon/CE, Contraf-CUT, Febraban e Defensoria Pública do Estado. A ausência de representantes do Itaú, maior banco privado do País e um dos campeões em lucratividade, foi duramente criticada pelos parlamentares.
O presidente do Sindicato, Carlos Eduardo, destacou que as taxas cobradas no Brasil chegam a ser maiores do que as cobradas nos seus países de origem e que os bancos chegam a cobrir suas folhas de pagamento apenas com as receitas de tarifas, restando ainda uma boa sobra. “Nossa maior preocupação é com os altos índices de corte de emprego pelos bancos. Para manter seus lucros num patamar astronômico, os banqueiros lançam mão das demissões, da rotatividade, prejudicando o atendimento e sobrecarregando os bancários nos seus locais de trabalho”, ressaltou.
Como encaminhamento central da audiência, os bancos devem participar de um grande mutirão de renegociação de dívidas e uma nova reunião deve acontecer no próximo dia 17/9 para tratar dos detalhes da realização do evento. Segundo os parlamentares, o Procon da Assembleia Legislativa atendeu, no primeiro semestre deste ano, mais de 400 pessoas que não conseguem pagar suas dívidas devido às altas taxas de juros.
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