Nesta quarta-feira, dia 14, no nono dia de greve dos bancários, os empregados da Caixa Econômica Federal do Ceará seguem firmes e fortalecendo o movimento, na expectativa de reabertura das negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a direção da empresa, com novas propostas. Nas últimas negociações, a Caixa não chegou a fazer proposta aos trabalhadores atendendo minimamente as reivindicações da sua pauta específica, definida no 31º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal) realizado nos dias 12, 13 e 14 de junho, em São Paulo.
Os empregados reivindicam, entre outros itens, o fim da Gestão de Desempenho de Pessoa (GDP), que sendo implantado em partes e que já está afetando o segmento gerencial, com imposição de metas individuais em todas as unidades. Isso torna o bancário da Caixa meramente um vendedor, deixando o trabalho de crédito, de desenvolvimento urbano, de programas sociais, passando a trabalhar somente com metas. Isso coloca em risco outras conquistas sociais já obtidas, como PLR Social, promoção por merecimento etc.
Outra pauta importante para os empregados da Caixa é a contratação de pessoal. A Caixa chegou ao final do ano passado com 101 mil empregados e nesse momento tem em torno de 97 mil bancários. A Caixa assinou no ano passado acordo coletivo com a categoria se comprometendo a contratar mais 2 mil empregados aprovados em concurso. A empresa não cumpriu o acordo. Só com isso, existe uma defasagem imediata de mais de 5 mil trabalhadores, e vale ressaltar, os 101 que existiam antes já não eram suficientes para atender as demandas de pessoal na empresa. Outra reivindicação é a isonomia, com igualdade de tratamento entre os mais antigos e os novos, que entraram depois de 1998.
Crescendo a adesão
Para o diretor do Sindicato, Jefferson Tramontini, “a Caixa costuma ser o banco onde a greve é mais forte, onde o pessoal é mais organizado, com toda uma tradição no movimento. A greve na Caixa está forte e continua crescendo a adesão. Diferente de anos anteriores, este ano o pessoal de retaguarda está aderindo com mais força, mais gente participando na construção de greve. Cada dia mais cresce nosso movimento paredista”.
Segundo o dirigente, a greve é grande e não tem nenhuma agência da Caixa aberta em Fortaleza, por exemplo, e a cada dia cresce mais a adesão para pressionar a direção da empresa e o governo para apresentar propostas que contemplem a pauta da categoria.
A força da greve
Para o diretor do Sindicato e presidente da Apcef/CE, Áureo Júnior, “essa é uma das greves mais fortes da categoria bancária, inclusive, alcançou setores que antes tinham dificuldade para alcançar, como o setor dos profissionais, como advogados, engenheiros, assistentes sociais, arquitetos e engenheiros. Ou seja, a greve alcançou todos os setores da Caixa. Essa é a força da nossa greve, que está mais consolidada. O corpo gerencial compreendeu a importância da greve, para fortalecer o direitos dos trabalhadores. O empregado bancário está confiante na força da greve e pressionando, no sentido de abrir um canal de negociação que responda as reivindicações, que são legitimadas pela coerência. O pedido é feito dentro do resultado médio dos bancos, para responder a perda salarial e garantir um ganho real à categoria”.
Atenção: A pauta de reivindicações específica dos empregados da Caixa está no site do Sindicato dos Bancários do Ceará (www.bancariosce.org.br, no link Minutas). Confira aqui
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