Não vai ter golpe! Fora Cunha! foram as principais palavras de ordem da manifestação desta quarta-feira (16) reunindo trabalhadores de várias categorias e entidades como CUT, CTB, Levante Popular, MST, UNE, CONEN e MTST. Cerca de 15 mil manifestantes tomaram as ruas do Centro de Fortaleza em defesa da democracia, pela retomada do desenvolvimento e contra a tentativa de golpe em curso no Brasil.
A caminhada partiu da Praça da Bandeira (Praça Clóvis Beviláqua) em direção a Praça da Sé, passando por várias ruas do Centro, sendo feitas falas dos representantes dos movimentos sindical, populares e sociais, e estudantis. As bandeiras de luta são comuns: Defesa da democracia; Não vai ter golpe; Fora Cunha e por uma nova política econômica, contra o ajuste fiscal do ministro Levy.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, puxando as palavras de ordem à frente do ato, defendeu nova agenda pela retomada do crescimento econômico, defesa intransigente da democracia e manutenção do projeto popular eleito pela vontade soberana dos brasileiros. "Por isso, estaremos sempre nas ruas para dizer: Não vai ter golpe!”, ressaltou.
O dirigente sindical repudia a manobra do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, aliado da oposição e atingido por denúncias de corrupção timidamente investigadas, em aceitar o pedido de impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff, apesar de não ser fundamentado em crime de responsabilidade previsto na Constituição Brasileira. "Mesmo assim, o Congresso iniciou o rito de um golpe”, criticou.
Nas ruas trabalhadores e a sociedade civil pedem Fora Cunha!
Atolado em escândalos de corrupção e representante da pauta mais conservadora, Cunha não tem moral para conduzir o processo de impeachment, nem para presidir a Câmara dos Deputados. Contas na Suíça, fortes acusações de lavagem de dinheiro são crimes não explicados por ele. Cunha será lembrado pelos ataques aos direitos das mulheres, pelo PL da Terceirização, a proposta de redução da maioridade penal e por sua contrarreforma política.
Mobilizações não terminam por aqui
As manifestações dessa quarta-feira superaram em número de participantes as do último domingo, em favor do impeachment, e confirmam que o povo brasileiro não quer a quebra da ordem democrática no Brasil. As mobilizações contra o golpe, em defesa da democracia, prosseguirão até que o processo de impeachment seja definitivamente enterrado.
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