Os trabalhadores e integrantes dos movimentos sindicais, sociais, estudantis e populares vão às ruas nesta sexta (18), em defesa da democracia e do Estado de direito. Em Fortaleza, o ato tem concentração na Praça da Bandeira, a partir das 15 horas.
“Para nós, trabalhadores, o ato desta sexta-feira não é uma defesa de Lula ou do governo, mas do Estado Democrático de Direito e dos direitos sociais e trabalhistas. Sem democracia, os trabalhadores perdem a voz e a liberdade”, afirma Carlos Eduardo Bezerra, presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará.
Bancários, representantes de outras categorias e parlamentares, repudiaram com manifestação na Praça do Ferreira, no dia 4/3, em Fortaleza, a violência praticada contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, a ex-deputada Clara Ant e outros cidadãos ligados ao ex-presidente (Foto).
Hoje, dia 18/3, a atividade acontece em todo o País e é mais um ato da jornada que começou no dia 04, pouco depois que o ex-presidente Lula foi constrangido a depor coercitivamente pela Polícia Federal, mesmo não tendo uma única prova de que cometeu qualquer ato ilícito. Na terça (16), após a nomeação de Lula como ministro, o vazamento de grampos ilegais voltou a pôr em dúvida a parcialidade da Justiça.
“O desprezo aos partidos políticos leva à ditadura do Judiciário. Sem partidos políticos não há democracia. E o alvo sempre será a classe trabalhadora. O que eles querem é atacar nossos direitos - aprovar a terceirização, acabar com a carteira assinada, férias, 13º salário -, conquistados com muita luta, pressão, mobilizações e negociações nos últimos anos”, afirma o presidente da CUT nacional, Vagner Freitas.
Para Vagner, é essencial que o clima de intolerância e instabilidade no País sejam superados para que se possa retomar o crescimento. “A agenda do Brasil não é a da crise política, alimentada por aqueles que perderam as eleições. Essa agenda paralisa o País. A agenda da CUT é a do desenvolvimento. Já entregamos à presidenta Dilma Rousseff o Compromisso pelo Desenvolvimento, com sete itens, entre eles a retomada de investimentos públicos e privados e infraestrutura produtiva, social e urbana, que podem promover o reaquecimento da economia e a geração de emprego e renda”, diz.
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