Enquanto boa parte da nação ainda está estarrecida com a forma como se deu a votação que resultou na admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o setor que representa o empresariado já começa a cobrar do vice-presidente Michel Temer (caso venha a ocupar a Presidência) que coloque em prática as propostas do plano “Uma Ponte Para o Futuro”. De acordo com o portal Brasil 247 e a grande imprensa, o primeiro passo seria a retomada da agenda de privatizações no País, a começar por empresas como a BR Distribuidora e a Infraero.
Outros pontos seriam uma reforma da Previdência que resultaria na adoção de idade mínima e a desvinculação do salário mínimo para o pagamento dos benefícios previdenciários. Ou seja, as pessoas teriam de trabalhar mais para receber aposentadorias inferiores ao salário mínimo.
“Os mesmos deputados e empresários que defendem o impeachment são os que propuseram a lei da terceirização na atividade-fim, permitindo a substituição de contratados diretos por prestadores de serviços. São os mesmos que no governo Fernando Henrique Cardoso tentaram acabar com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). São os mesmos que defendem a jornada de trabalho flexível para que o empresário possa adequar a jornada às suas necessidades”, denuncia o presidente da CUT, o bancário Vagner Freitas.
Luta continua – O Sindicato completou 83 anos em 21 de fevereiro último com uma trajetória marcada pela luta por direitos dos trabalhadores e pela democracia. Um governo com Temer, tendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como eventual vice, além de ser um golpe à democracia, abriria portas para uma série de ataques sem precedentes aos trabalhadores. E isso não vamos tolerar. Nossa resposta será a mobilização e luta sempre.
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