As seis centrais sindicais reconhecidas formalmente farão um ato conjunto, nesta terça-feira (19), na Avenida Paulista, em São Paulo, contra os juros e o desemprego. As entidades também articulam uma plenária uma semana depois (26), também na capital paulista, com a presença de representantes das 27 unidades da federação, que devem aprovar um manifesto em defesa dos direitos sociais e trabalhistas.
Outro ato do dia 26, será realizado no mesmo local (na Liberdade, região central de São Paulo) onde, em dezembro, trabalhadores e empresários aprovaram um documento chamado Compromisso pelo Desenvolvimento, apresentado à presidenta Dilma Rousseff, propondo várias medidas para retomada do crescimento.
As atividades das próximas semanas foram definidas durante reunião realizada, na sede do Dieese, com representantes de CSB, CTB, CUT, Força Sindical e UGT – a Nova Central não participou, mas já manifestou concordância. Os dirigentes procuram se unir em torno de bandeiras comuns, já que na política têm caminhado em linhas distintas.
A CUT e a CTB não reconhecem o governo Temer, que consideram ilegítimo, enquanto o presidente da Força e do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, é um dos líderes do movimento pelo impeachment.
Na avaliação dos sindicalistas, a ameaça de perda de direitos reforça a necessidade de movimentos unitários, ainda que haja divergências políticas. As conversas já vinham acontecendo, e o discurso do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, sobre jornada de trabalho, reforçou essa percepção. No mesmo dia, as centrais divulgaram nota de repúdio.
Tmbém na terça, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central faz sua segunda reunião sob o governo interino. Os sindicalistas farão passeata pela Avenida Paulista até a sede do BC em São Paulo.
|